Saúde

Fiocruz revela presença de metais pesados em 100% das crianças de Brumadinho

Estudo da Fiocruz revela que 100% das crianças em Brumadinho têm metais pesados na urina. Aumento de arsênio nas amostras subiu de 42% em 2021 para 57% em 2023. Apesar da contaminação, houve melhora no desenvolvimento infantil e redução da obesidade. Diagnósticos de doenças crônicas aumentaram, incluindo hipertensão e diabetes. Saúde mental apresenta alta carga de transtornos, necessitando de ações intersetoriais.

Região do Parque da Cachoeira que foi atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho (Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP)

Região do Parque da Cachoeira que foi atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho (Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP)

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Um estudo da Fiocruz, apresentado em 23 de fevereiro de 2024, revelou que 100% das amostras de urina de crianças em Brumadinho continham pelo menos um dos cinco metais pesados analisados: cádmio, arsênio, mercúrio, chumbo e manganês. Os dados, coletados quatro anos após o rompimento da barragem, indicam um aumento nas doenças crônicas, respiratórias e psiquiátricas na população afetada.

O arsênio foi o metal mais prevalente, com detecção em 57% das amostras infantis em 2023, um aumento em relação aos 42% registrados em 2021. O metal também foi encontrado em 20% dos adultos e 9% dos adolescentes. Especialistas, como Sérgio Peixoto da Fiocruz, destacam a necessidade de estudos sobre as fontes de exposição, que vão além da água, incluindo solo e ar.

Apesar da presença de metais, a saúde geral das crianças parece ter melhorado. O teste de Denver II mostrou uma redução no risco de atraso no desenvolvimento infantil, de 42,5% em 2021 para 28,3% em 2023. Além disso, a obesidade infantil caiu de 11% para 4,6%. Contudo, houve um aumento nos diagnósticos de hipertensão, colesterol alto e diabetes entre a população entre 2021 e 2023.

Entre os adolescentes, os diagnósticos de asma aumentaram de 12,7% para 14%, e problemas pulmonares crônicos também cresceram. A utilização de serviços de saúde aumentou significativamente, com 53,7% dos adultos realizando três ou mais consultas em 2023. Embora as condições psiquiátricas não tenham mostrado grandes variações, os diagnósticos de depressão e ansiedade permanecem elevados, indicando a necessidade de estratégias intersetoriais para abordar a saúde mental na região.

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