01 de fev 2025
Mulher se torna a receptora de rim de porco com maior tempo de vida e se sente 'normal'
Towana Looney, de 53 anos, é a receptora de órgão de porco mais duradoura. Ela está saudável após 65 dias com o novo rim, segundo médicos otimistas. O transplante é experimental; apenas quatro americanos passaram por isso antes. Looney aguardava um rim humano desde 2017, após complicações de saúde. Cientistas buscam modificar geneticamente porcos para suprir a falta de órgãos.
Towana Looney, 53 (Foto: ANGELA WEISS / AFP)
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Uma mulher dos Estados Unidos, Towana Looney, de 53 anos, alcançou um feito significativo ao se tornar a receptora de órgão de porco com maior tempo de vida, permanecendo com seu novo rim por mais de 65 dias. Residentes do Alabama, ela recebeu o transplante em novembro de 2024, tornando-se a quinta pessoa no mundo a passar por esse procedimento, que ainda é considerado experimental. Looney relatou estar saudável e cheia de energia, destacando que consegue superar membros da família em caminhadas pela cidade de Nova York.
O médico Robert Montgomery, da NYU Langone Health, afirmou que a função renal de Towana está "absolutamente normal". Os médicos esperam que ela retorne para sua casa em Gadsden, Alabama, em aproximadamente um mês, após completar os exames pós-transplante. Antes do transplante, Looney aguardava por um rim humano desde 2017, tendo doado um de seus rins para a mãe em 1999 e enfrentado oito anos em diálise devido a complicações durante a gravidez.
A prática de transplante de órgãos de porcos geneticamente modificados é ainda rara, com apenas outros quatro americanos tendo recebido tais órgãos. Dentre eles, dois receberam corações e os outros dois, rins, mas nenhum sobreviveu por mais de dois meses. A equipe médica se mostra otimista com o desempenho de Towana, o que pode indicar avanços na área.
Cientistas estão realizando testes e modificações genéticas em porcos para que seus órgãos se aproximem mais das características humanas, visando enfrentar uma futura escassez crítica de órgãos para transplante. Essa pesquisa pode abrir novas possibilidades para pacientes que necessitam de transplantes, como é o caso de Looney.
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