09 de fev 2025
Mutirão de catarata em Taquaritinga resulta em cegueira para 12 pacientes; investigação é aberta
Mutirão em Taquaritinga deixou doze pacientes cegos após cirurgia de catarata. Secretaria de Saúde de SP lamenta e investiga inadequações na esterilização. Profissionais envolvidos foram afastados e pacientes recebem suporte especializado. Casos anteriores em Amapá e Rondônia geraram novas diretrizes do CFM. Comissão do Hospital das Clínicas acompanhará os pacientes afetados.
Mutirão no Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) em Taquaritinga (SP) deixou metade dos pacientes cegos. (Foto: Reprodução/G1)
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Um mutirão de cirurgia de catarata realizado em Taquaritinga, São Paulo, resultou na cegueira de doze pacientes em 21 de outubro de 2024. O evento atendeu 24 idosos de diversas cidades, e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) lamentou o ocorrido, abrindo uma investigação. A secretária executiva da Saúde, Priscilla Perdicaris, classificou a situação como um "fato isolado gravíssimo".
Os procedimentos ocorreram no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que é administrado pela organização social Santa Casa de Franca. A prefeitura local afirmou que, na verdade, dez pacientes foram afetados e que a responsabilidade pela organização do mutirão é do estado. Todos os profissionais envolvidos foram afastados, e uma comissão do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto acompanhará os pacientes.
Após a cirurgia, os pacientes foram encaminhados para serviços de referência, onde foram informados sobre a irreversibilidade da perda de visão. Inspeções realizadas pelas vigilâncias sanitárias identificaram inadequações na sala de materiais para esterilização do AME. A SES-SP garantiu que os pacientes estão recebendo suporte especializado, incluindo tratamento e medicamentos.
Esse incidente ocorre em um contexto de preocupações com a segurança em mutirões de saúde. Em 2024, outros casos de infecções oculares em mutirões no Amapá e Rondônia levaram o Conselho Federal de Medicina a estabelecer novas regras para esses procedimentos. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia também recomenda que mutirões sejam realizados apenas em locais com histórico positivo e que sejam devidamente fiscalizados.
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