Saúde

Controladoria investiga irregularidades em armadilhas contra a dengue em São Paulo

A Controladoria Geral do Município de São Paulo investiga irregularidades nas armadilhas contra a dengue. Em 2024, a cidade registrou 522 óbitos, aumento de mais de 5.000% em relação a 2023. A falta de manutenção pode ter transformado armadilhas em criadouros de mosquitos. A empresa Biovec, ligada ao prefeito Ricardo Nunes, recebeu mais de R$ 40 milhões. A investigação abrange possíveis práticas de corrupção e prejuízos ao erário público.

Foto:Reprodução

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A Controladoria Geral do Município (CGM) de São Paulo iniciou uma sindicância sigilosa em 22 de janeiro para investigar suspeitas de irregularidades no uso de armadilhas contra a dengue pela prefeitura. A investigação surgiu após reportagens que indicaram superfaturamento na compra de armadilhas de uma empresa ligada ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). A CGM aponta que a falta de manutenção pode ter transformado as armadilhas em criadouros de mosquitos, contribuindo para o aumento de casos da doença.

Dados da Secretaria de Saúde mostram que, entre janeiro de 2023 e junho de 2024, os agentes da prefeitura realizaram apenas 50,8 mil visitas às armadilhas, resultando em uma média de 2,5 vistorias por equipamento no período de 18 meses. A CGM questiona se essa discrepância nos prazos de manutenção, que deveriam ser de até quatro semanas, pode ter causado a proliferação de mosquitos. A controladoria planeja ações como inspeções e consultas a especialistas para investigar a situação.

O ano de 2024 foi o mais letal em casos de dengue na capital, com 522 óbitos, um aumento de mais de 5.000% em relação ao ano anterior. As armadilhas deveriam atrair e eliminar o mosquito Aedes aegypti, mas a falta de manutenção comprometeu sua eficácia. A CGM também investiga se houve justificativas adequadas para a contratação das armadilhas, considerando que os testes mostraram uma redução da população de mosquitos apenas a níveis baixos.

Além disso, a CGM analisa se houve conluio entre as empresas participantes da licitação, que poderiam ter ajustado preços para favorecer a contratação. Mesmo após as denúncias, a prefeitura continuou a comprar produtos da Biovec, totalizando mais de R$ 40 milhões em contratos. A Delegacia de Combate à Corrupção de Goiás também investiga a compra de armadilhas pela prefeitura de Goiânia, que apresenta características semelhantes ao edital de São Paulo.

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