12 de fev 2025
Ozempic demonstra eficácia na redução do consumo de álcool em estudo inicial
Um estudo com 48 participantes mostrou que o Ozempic reduziu o consumo de álcool. Os participantes que usaram semaglutida beberam 40% menos álcool que o placebo. Apesar da redução no consumo, não houve mudança na frequência de dias de bebida. A pesquisa sugere que medicamentos GLP 1 podem ajudar no tratamento de transtornos de álcool. Estudos futuros são necessários para confirmar esses achados em populações maiores.
Foto: Reprodução
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Um estudo recente revelou que o Ozempic, medicamento amplamente utilizado para diabetes, pode ajudar a reduzir o consumo de álcool em pessoas com transtornos de uso moderado de álcool. A pesquisa, publicada na revista JAMA Psychiatry, envolveu 48 participantes que receberam injeções semanais de semaglutida, o princípio ativo do Ozempic, ou um placebo durante nove semanas. Os resultados mostraram que aqueles que tomaram o medicamento consumiram 40% menos álcool em comparação ao grupo controle, além de apresentarem uma diminuição significativa nos desejos por bebidas alcoólicas.
Os participantes foram inicialmente expostos a um ambiente descontraído, onde puderam consumir suas bebidas favoritas. Após o período de tratamento, o grupo que recebeu Ozempic demonstrou uma redução maior nos dias de consumo excessivo de álcool, definido como quatro ou mais drinques para mulheres e cinco ou mais para homens. Apesar de não haver diferença significativa na frequência de dias em que o álcool foi consumido, a quantidade média de bebidas consumidas nos dias de uso foi menor entre os que receberam o medicamento.
A pesquisa, liderada pela Dra. Klara Klein da Universidade da Carolina do Norte, sugere que a semaglutida e medicamentos similares podem atender a uma necessidade não satisfeita no tratamento de transtornos de uso de álcool. No entanto, a Dra. Klein enfatizou a necessidade de estudos maiores e mais longos para confirmar esses achados e entender melhor os mecanismos envolvidos.
Embora o Ozempic tenha mostrado resultados promissores, especialistas alertam que mais pesquisas são necessárias para determinar sua eficácia em populações mais amplas e em pacientes com transtornos de uso de álcool mais severos. A pesquisa destaca a importância de explorar novas abordagens para o tratamento de transtornos de uso de álcool, especialmente considerando que menos de 2% das pessoas afetadas recebem tratamento adequado atualmente.
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