13 de fev 2025

Consumo de álcool na gravidez altera características faciais e conexões cerebrais do feto
Estudo na JAMA Pediatrics revela que álcool na gravidez afeta o rosto do bebê. Consumo baixo de álcool altera características faciais e conexões cerebrais. Pesquisadores acompanharam mil gestantes por dez anos, em múltiplos países. Alterações faciais são sutis, mas consistentes, mesmo em exposições limitadas. Conexões cerebrais mais fracas impactam funções como planejamento e emoções.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Consumo de álcool na gravidez altera características faciais e conexões cerebrais do feto
Ouvir a notícia
Consumo de álcool na gravidez altera características faciais e conexões cerebrais do feto - Consumo de álcool na gravidez altera características faciais e conexões cerebrais do feto
Um estudo recente publicado na revista JAMA Pediatrics revela que o consumo de álcool por mulheres grávidas, mesmo em quantidades baixas, pode afetar o formato do rosto e o desenvolvimento cerebral dos bebês. Pesquisadores de instituições na Bélgica, Austrália e Reino Unido acompanharam mil mulheres grávidas em 2011 por uma década, investigando os riscos associados ao baixo consumo de álcool durante a gestação. A pesquisa utilizou um questionário específico e imagens 3D de ressonância magnética para observar mudanças faciais em crianças expostas ao álcool.
Os resultados mostraram alterações consistentes nas características faciais, como o formato dos olhos e do nariz, em crianças que foram expostas a doses baixas de álcool, tanto aos 12 meses quanto entre 6 e 8 anos. Embora essas mudanças não sejam visíveis a olho nu, os pesquisadores notaram semelhanças entre as crianças, independentemente do período de exposição ao álcool durante a gravidez. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas no desenvolvimento cerebral entre os grupos expostos e não expostos ao álcool.
Entretanto, o estudo identificou conexões mais fracas entre diferentes áreas do cérebro em crianças que tiveram exposição ao álcool, especialmente no cíngulo anterior caudal direito, sugerindo que o cérebro é sensível mesmo a pequenas quantidades de álcool. Além disso, foram registradas conexões mais fracas na rede cerebral relacionada a funções como resolução de problemas e regulação emocional.
Pesquisas anteriores também indicaram modificações faciais em bebês expostos ao álcool durante a gestação. O pesquisador Xianjing Liu destacou que a exposição pré-natal ao álcool está associada a mudanças no formato do rosto, afirmando que "quanto mais álcool as mães bebiam, mais mudanças havia". Mesmo com um consumo de menos de 12 g por semana, foi observada uma relação entre a exposição à bebida e alterações estéticas faciais nas crianças.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.