Câncer infantil tem 80% de chances de cura; especialistas discutem aumento de diagnósticos

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) projeta que, em 2024 e 2025, até 8 mil novos casos de câncer serão diagnosticados em crianças com menos de 15 anos. A oncologista pediatra Lilian Marian Cristofani destaca que esses números estão alinhados com as estatísticas globais, representando de 1 a 4% do total de câncer no Brasil. A especialista, junto ao médico Vicente Odone, participou do programa "CNN Sinais Vitais", onde discutiram o aumento dos diagnósticos infantis, atribuído à maior atenção à doença e ao aprimoramento dos exames.

Os especialistas observam que, ao contrário do câncer em adultos, que pode ser prevenido em muitos casos, o câncer infantil não possui fatores de risco claros. Odone explica que apenas cerca de 4% dos casos são hereditários, e os sintomas frequentemente se assemelham a doenças comuns na infância, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Entre os sinais de leucemia, por exemplo, estão febre e palidez, que podem ser confundidos com outras condições.

Cristofani ressalta que, apesar dos sintomas inespecíficos, o câncer infantil é altamente curável, com taxas de cura chegando a 80% quando diagnosticado precocemente. A médica enfatiza que a dor associada ao câncer é progressiva e incapacitante, diferenciando-se das dores comuns em crianças. Os especialistas também destacaram a importância de iniciativas que promovem a ludicidade durante o tratamento, como a presença de palhaços em hospitais, que podem contribuir para o bem-estar das crianças.

O programa "CNN Sinais Vitais" será exibido no sábado, 15 de fevereiro, às 19h30, na CNN Brasil. Odone conclui que a luta contra o câncer infantil é significativa, com uma em cada 250 pessoas entre 15 e 45 anos sendo sobreviventes da doença, reforçando a importância do diagnóstico e tratamento adequados.