Saúde

Aumento da mortalidade infantil em estados com restrições ao aborto, aponta estudo

Estudo da Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg revela aumento de mortalidade infantil. Proibições ao aborto em 17 estados resultaram em 478 mortes adicionais de bebês. Aumento nas taxas de mortalidade afeta grupos vulneráveis, como bebês negros e filhos de pais solteiros. Estados com leis restritivas apresentam taxas de mortalidade infantil superiores à média esperada. Pesquisa associa mortes a negação de abortos em gestações inviáveis, intensificando a crise.

Defensores do direito ao aborto protestam em frente à sede da Suprema Corte dos EUA, em Washington DC (Foto: Jim WATSON / AFP)

Defensores do direito ao aborto protestam em frente à sede da Suprema Corte dos EUA, em Washington DC (Foto: Jim WATSON / AFP)

Ouvir a notícia

Aumento da mortalidade infantil em estados com restrições ao aborto, aponta estudo - Aumento da mortalidade infantil em estados com restrições ao aborto, aponta estudo

0:000:00

A mortalidade infantil aumentou em 14 estados dos Estados Unidos após a revogação do direito ao aborto, resultando em 478 mortes adicionais de bebês, conforme um estudo da Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg. Os pesquisadores afirmam que essas mortes não teriam ocorrido sem as novas restrições impostas. O estudo, divulgado recentemente, aponta um crescimento nas taxas de mortalidade entre bebês com problemas congênitos e em grupos já vulneráveis, como bebês negros, filhos de pais solteiros e jovens sem ensino superior.

Desde a decisão da Suprema Corte dos EUA em 2022, que anulou o caso Roe vs. Wade, 17 estados implementaram proibições quase totais ao aborto, com algumas exceções. Estados como Idaho, Alabama, Arkansas, Kentucky, Texas e Virgínia Ocidental têm proibições totais, enquanto Flórida, Geórgia, Iowa e Carolina do Sul restringem o procedimento após seis semanas. Em contrapartida, cerca de 20 estados adotaram leis que protegem prestadores de serviços de saúde que atendem pacientes que buscam abortos.

O estudo também revelou que, nos estados que promulgaram novas leis, as taxas de mortalidade infantil aumentaram para 6,26 por 1.000 nascidos vivos, superando a taxa esperada de 5,93 por 1.000, resultando em um aumento relativo de 5,6%. Além disso, as mortes por anomalias congênitas subiram 10,87%, enquanto outras causas aumentaram 4,23%. Entre os bebês negros não hispânicos, a taxa de mortalidade aumentou quase 11%, passando de 10,66 para 11,81 por 1.000.

Pesquisadores associam esse aumento à negação de abortos em gestações inviáveis, ou seja, quando a gravidez não pode resultar em um bebê nascido vivo. A pesquisa destaca a relação entre as restrições ao aborto e o impacto na saúde infantil, evidenciando a necessidade de uma análise mais profunda sobre as consequências dessas políticas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela