Saúde

EUA se preparam para deixar a OMS; futuro da organização gera incertezas

Donald Trump anunciou a retirada dos EUA da OMS, prevista para janeiro de 2026. A decisão gera incertezas orçamentárias, afetando a operação da OMS. Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou cortes de gastos devido a dificuldades financeiras. A Argentina também decidiu sair da OMS, citando críticas semelhantes às de Trump. Especialistas alertam que a saída dos EUA pode inspirar outros países a seguir o exemplo.

"O status da Organização Mundial da Saúde como vigilante da saúde global está ameaçado por retiradas. (Foto: Eyad Baba/AFP via Getty)"

"O status da Organização Mundial da Saúde como vigilante da saúde global está ameaçado por retiradas. (Foto: Eyad Baba/AFP via Getty)"

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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciada no mês passado, não surpreendeu especialistas em políticas de saúde. Trump também indicou que poderia reconsiderar essa saída, mas as condições para isso não foram especificadas. Jesse Bump, pesquisador de políticas de saúde global da Universidade de Harvard, comentou que a estratégia de Trump tende a ser destrutiva, mas é difícil prever um benefício pessoal imediato para ele nesse contexto.

A retirada oficial dos EUA da OMS está programada para janeiro de 2026, o que gera incertezas sobre orçamentos e direções estratégicas da agência, que tem quase 80 anos. A OMS, criada pela ONU, visa expandir a cobertura de saúde universal e coordenar respostas a emergências de saúde. Robert Yates, economista de saúde política da London School of Economics, expressou otimismo, afirmando que a OMS é robusta e pode se fortalecer se outras potências ocidentais aumentarem seu apoio financeiro.

Entretanto, a contribuição dos EUA representa cerca de 18% do orçamento anual da OMS, que é de aproximadamente US$ 3,4 bilhões. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a organização já planejava reduzir gastos devido a dificuldades econômicas em países doadores, e a decisão dos EUA agravou essa situação. Ilona Kickbusch, especialista em saúde, destacou que a suspensão de viagens e reuniões impacta negativamente o trabalho da OMS, dificultando negociações e a implementação de projetos.

Além das implicações financeiras, a saída dos EUA pode influenciar outros países a seguir o exemplo. A Argentina, por exemplo, anunciou sua intenção de deixar a OMS, embora mantenha vínculos com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Adolfo Rubinstein, ex-ministro da saúde argentino, alertou que essa decisão pode prejudicar o apoio internacional em futuras pandemias. Lawrence Gostin, do Centro de Colaboração da OMS, acredita que a maioria dos países permanecerá na organização, possivelmente se unindo em torno dela.

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