Saúde

Armadilha inteligente promete revolucionar o controle do mosquito da dengue

Pesquisadores do Inatel criaram armadilha inteligente para monitorar Aedes aegypti. Dispositivo combina IoT, câmeras e algoritmos de inteligência artificial. Armadilha atrai mosquitos com mistura de água, açúcar e feromônio. Testes mostraram 97% de precisão na detecção do Aedes aegypti em campo. Futuras melhorias visam resistência a intempéries e redução de custos.

O dispositivo tem formato de dodecaedro e 50 centímetros de altura (Foto: Samuel Baraldi Mafra/Getty Images)

O dispositivo tem formato de dodecaedro e 50 centímetros de altura (Foto: Samuel Baraldi Mafra/Getty Images)

Ouvir a notícia

Armadilha inteligente promete revolucionar o controle do mosquito da dengue - Armadilha inteligente promete revolucionar o controle do mosquito da dengue

0:000:00

Pesquisadores do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), localizado em Santa Rita do Sapucaí (MG), desenvolveram uma armadilha inteligente para capturar e monitorar fêmeas do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, febre amarela, zika e chikungunya. O protótipo, apoiado pela FAPESP e em colaboração com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Comunicações (MC), foi descrito em um artigo na revista Sensors. Segundo Samuel Baraldi Mafra, professor e coordenador do projeto, a armadilha visa auxiliar órgãos de vigilância epidemiológica, especialmente em áreas urbanas de difícil acesso.

Com formato de dodecaedro e 50 centímetros de altura, a armadilha integra dispositivos de internet das coisas (IoT), câmeras de alta resolução e algoritmos de aprendizado de máquina. Os insetos são atraídos por uma mistura de água, açúcar e feromônio. Uma câmera interna captura imagens em tempo real, que são processadas por um algoritmo de inteligência artificial para identificar e contar os mosquitos. Mafra destaca que o algoritmo reconhece características morfológicas do Aedes aegypti, como manchas brancas e pernas grandes.

Após a identificação do Aedes aegypti, ventoinhas na parte frontal da armadilha criam um fluxo de ar que direciona o mosquito para um recipiente com líquido viscoso. Para outros insetos, como abelhas e borboletas, ventoinhas na parte traseira expulsam os animais. Essa seletividade é um diferencial importante, evitando a captura de insetos em declínio, como as abelhas. A armadilha também possui um módulo de GPS, permitindo monitoramento em tempo real e coleta de dados geoespaciais para análises mais rápidas sobre a movimentação e densidade populacional dos mosquitos.

Os testes realizados em laboratório e em campo mostraram que a armadilha detectou o Aedes aegypti com 97% de precisão, além de 100% para abelhas e 90,1% para borboletas. Os pesquisadores pretendem aprimorar o protótipo, tornando-o mais resistente às intempéries e reduzindo custos. A armadilha atual foi desenvolvida no Laboratório de Ideação (Fab Lab) do Inatel, com a expectativa de que a versão final seja mais robusta e eficaz no combate às doenças transmitidas por mosquitos.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela