22 de fev 2025
Mulher descobre parasita no cérebro após sentir queimação nas pernas
Mulher americana de 30 anos foi diagnosticada com meningite eosinofílica. Infecção causada pelo parasita Angiostrongylus cantonensis, comum em regiões tropicais. Sintomas iniciais foram confundidos com jet lag após viagem à Ásia e Havaí. Diagnóstico foi confirmado por punção lombar, revelando células eosinófilas. Tratamento incluiu antiparasitários e anti inflamatórios, com alta em seis dias.
O verme pulmonar do rato pode causar uma forma rara de inflamação no cérebro e na medula espinhal (Foto: LiveScience/Centro de Controle e Prevenção de Doenças - CDC)
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Uma mulher americana de 30 anos, após uma viagem de três semanas pela Tailândia, Japão e Havaí, começou a sentir queimação nos pés e, posteriormente, dores nas pernas. Inicialmente, acreditou que os sintomas eram consequência do jet lag, mas a situação se agravou, levando-a a buscar atendimento médico. Exames iniciais não revelaram problemas, mas os sintomas se espalharam, incluindo dores no tronco, braços e cabeça.
Após várias idas ao hospital e a constatação de uma alta contagem de eosinófilos, células do sistema imunológico, os médicos realizaram uma punção lombar. Esse exame revelou a presença de células eosinofílicas e indicou uma possível meningite eosinofílica, associada à infecção por um parasita chamado Angiostrongylus cantonensis, que causa inflamação nas membranas do cérebro e da medula espinhal. O parasita é comum em regiões tropicais e subtropicais, sendo encontrado principalmente no sudeste asiático e no Havaí.
A infecção ocorre quando humanos consomem moluscos crus ou mal cozidos que contêm larvas do parasita. Embora nem todos os infectados apresentem sintomas, quando as larvas atingem o sistema nervoso central, podem causar dores de cabeça, confusão e outros problemas neurológicos. O tratamento é limitado a medicamentos anti-inflamatórios, e muitos casos podem ser fatais. Para prevenção, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda cozinhar bem os moluscos e lavar cuidadosamente os vegetais.
Após 14 dias de tratamento com medicamentos antiparasitários e anti-inflamatórios, a mulher recebeu alta do hospital após seis dias de internação. O caso foi documentado na revista The New England Journal of Medicine, destacando a importância de cuidados na manipulação e consumo de alimentos em áreas endêmicas.
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