Saúde

Cresce a abertura de faculdades de medicina no Brasil; qual o impacto para a saúde?

O Brasil enfrenta um aumento de faculdades de medicina, com quase 700 novas propostas. A qualidade da formação médica é questionada, podendo comprometer a confiança na profissão. A infraestrutura necessária para uma boa formação médica é escassa em muitas regiões. A criação indiscriminada de cursos pode resultar em médicos mal preparados para atender a população. O aumento de faculdades beneficia apenas os proprietários, não a sociedade ou pacientes.

Número de faculdades de medicina poderá dobrar nos próximos anos: mas e a qualidade do ensino? (Foto: GI/Getty Images)

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Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento significativo no número de escolas e cursos de medicina, com destaque para estados como Amazonas, Mato Grosso e Ceará, onde 25 novas faculdades estão em busca de autorização. Essa expansão levanta questões sobre a real necessidade de tantos médicos no país e se esses profissionais estarão dispostos a atender nas regiões que mais precisam. Além disso, a qualidade da formação oferecida por essas instituições é uma preocupação, especialmente em relação ao cumprimento do juramento médico e à segurança dos pacientes.

A formação de médicos exige uma infraestrutura robusta, incluindo professores qualificados, laboratórios e hospitais adequados. A dúvida persiste sobre como cidades com populações pequenas poderão manter essa estrutura necessária para uma educação de qualidade. O cenário se torna ainda mais paradoxal quando se considera que, enquanto novas faculdades surgem, problemas básicos como saneamento e acesso à atenção primária permanecem sem solução.

Atualmente, o Brasil conta com 390 faculdades de medicina autorizadas, e se todos os novos pedidos forem aceitos, esse número pode chegar a quase 700, superando o da Índia, que possui uma população sete vezes maior. Embora isso signifique um aumento no número de médicos, não garante que os problemas de saúde do país serão resolvidos. Na verdade, a má formação pode gerar novos desafios e desconfiança na classe médica.

A situação levanta a questão de quem realmente se beneficia com essa expansão. Enquanto os proprietários das faculdades podem lucrar, os pacientes e a sociedade em geral podem ser prejudicados. A preocupação é que o Brasil, apesar de seus avanços na medicina, possa enfrentar um retrocesso em suas conquistas devido à formação inadequada de novos profissionais.

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