27 de fev 2025
Energéticos e saúde cardíaca: riscos e cuidados essenciais para evitar complicações
Rafael Zulu foi internado por fibrilação atrial, relacionada a energéticos. Especialistas alertam sobre riscos cardiovasculares do consumo excessivo. Fibrilação atrial pode aumentar risco de AVC e infarto em condições específicas. Sintomas iniciais são sutis, dificultando a percepção dos riscos à saúde. Médicos recomendam alternativas naturais para energia, evitando bebidas energéticas.
Bebidas energéticas contêm alta quantidade de cafeína e, em excesso, podem levar à agitação e à dificuldade para dormir. (Foto: bauwimauwi/GettyImages)
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Recentemente, o ator Rafael Zulu foi internado devido a uma fibrilação atrial causada pelo consumo excessivo de bebidas energéticas. Especialistas alertam que, embora essas bebidas sejam populares entre jovens e trabalhadores, seu uso pode elevar a frequência cardíaca e a pressão arterial, resultando em sérios riscos à saúde cardiovascular. O cardiologista Marcelo Bergamo destaca que o consumo excessivo pode levar a problemas como insônia, ansiedade e tremores, que afetam diretamente o coração.
Estudos indicam que a ingestão elevada de energéticos está associada a eventos cardiovasculares graves, como infartos e crises hipertensivas, especialmente quando combinados com álcool ou em indivíduos com histórico de problemas cardíacos. Bergamo recomenda que pessoas com condições pré-existentes, como hipertensão e arritmias, evitem essas bebidas, pois podem agravar o funcionamento do coração. A moderação no consumo e a atenção aos sinais do corpo são essenciais.
O cardiologista Bruno Valdigem, especialista em arritmias, explica que os estimulantes presentes nos energéticos criam um estresse no ambiente sanguíneo, podendo causar irregularidades na atividade elétrica do coração. Ele também menciona que a fibrilação atrial pode ocorrer em pessoas com condições como obesidade, apneia do sono e diabetes, onde um irritante adicional pode ser a "gota d'água".
Valdigem lista os principais sintomas da fibrilação, que incluem palpitações, cansaço e, em alguns casos, dor no peito. O maior risco associado à fibrilação atrial não tratada é a formação de coágulos que podem resultar em AVC ou infarto. O tratamento envolve afastar causas provocadoras e calcular o risco de AVC, podendo incluir medicamentos ou um procedimento chamado ablação por cateter. Ele ressalta que não existe uma quantidade segura de energético, pois a sensibilidade varia entre os indivíduos.
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