28 de fev 2025
Carnaval 2025: Mulheres enfrentam assédio e buscam apoio em meio à folia
Pesquisa do Instituto Locomotiva revela que 45% das mulheres já sofreram assédio. Oito em cada dez mulheres temem ser assediadas durante o Carnaval. Movimento "Não é não" cresce, mas assédio persiste nas festividades. Pacto Ninguém Se Cala visa conscientizar sobre violência contra a mulher. Violência doméstica pode aumentar durante o Carnaval, exigindo atenção.
(Foto: FG Trade/E+/Getty Images)
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O Carnaval, embora celebrado como a grande festa da democracia brasileira, revela uma realidade preocupante para as mulheres: o medo do assédio. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva indica que 45% das brasileiras já enfrentaram situações de assédio durante a folia, o que representa cerca de 38 milhões de mulheres. Além disso, oito em cada dez mulheres temem ser assediadas, evidenciando um problema que vai além do comportamento individual, refletindo crenças antiquadas na sociedade.
O levantamento, realizado entre 3 e 17 de fevereiro, ouviu 1.333 brasileiros e revelou que 85% acreditam que o assédio persiste durante o Carnaval. A responsabilidade de combater esse comportamento deve ser coletiva, segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, que afirma que "não se trata de precaução individual, mas de um crime que precisa ser combatido coletivamente". Beatriz Accioly, do Instituto Natura, destaca que olhares invasivos e toques não autorizados são formas claras de assédio, violando a liberdade das mulheres.
O Pacto Ninguém Se Cala, do Ministério Público de São Paulo, visa conscientizar sobre a violência contra a mulher em espaços de lazer e continuará em vigor em 2024. Beatriz alerta que, além do assédio, a violência doméstica pode aumentar durante o Carnaval, devido ao consumo de álcool e drogas, que elevam os fatores de risco.
A assistente virtual da empresa, Ângela, oferece suporte humanizado, embora não seja um canal de denúncias. Ela está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, para diálogos com especialistas. Para denúncias de agressão, o telefone é 180, reforçando a necessidade de um ambiente seguro e respeitoso durante a folia.
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