05 de mar 2025
Aspirina reduz metástases ao limitar a supressão da imunidade das células T por TXA2 plaquetário
A metástase é responsável por noventa por cento das mortes por câncer globalmente. Inibidores da COX 1, como a aspirina, aumentam a imunidade contra metástases. A aspirina libera células T da supressão mediada pelo TXA2, melhorando a resposta imune. A pesquisa revela um novo caminho imunossupressor que limita a eficácia das células T. Resultados sugerem que a aspirina pode ser uma terapia eficaz contra metástases cancerígenas.
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A metástase é a disseminação de células cancerígenas de tumores primários para órgãos distantes, sendo responsável por 90% das mortes por câncer globalmente. Células metastáticas são vulneráveis ao ataque imunológico, pois carecem do microambiente imunossupressor presente em tumores estabelecidos. Pesquisadores estão explorando essa vulnerabilidade para desenvolver terapias que previnam a recorrência em pacientes com câncer em estágio inicial. Um estudo recente demonstrou que inibidores da ciclooxigenase 1 (COX-1), como a aspirina, aumentam a imunidade contra metástases ao liberar células T da supressão mediada pelo thromboxane A2 (TXA2), que ativa uma via imunossupressora dependente do fator de troca de guanina ARHGEF1.
A inibição do TXA2, seja por aspirina ou inibidores seletivos de COX-1, reduz a taxa de metástase, dependendo da expressão intrínseca de ARHGEF1 nas células T. A pesquisa revelou que a depleção de plaquetas ou a inibição de COX-1 diminui a metástase, sugerindo que o TXA2, produzido por plaquetas, desempenha um papel crítico na supressão da imunidade das células T. Além disso, a aspirina demonstrou reduzir a mortalidade em pacientes com câncer sem metástase no diagnóstico, com uma razão de risco (HR) de 0,49.
Os dados indicam que a deficiência de ARHGEF1 em células T aumenta a ativação dessas células no local metastático, levando à rejeição imunológica de metástases em pulmões e fígado. A pesquisa também sugere que a aspirina pode ser utilizada em combinação com outras terapias imunológicas para potencializar a resposta imune contra o câncer. A identificação da via TXA2-ARHGEF1 fornece novas perspectivas para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes na prevenção de doenças metastáticas.
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