Saúde

Aspirina pode ajudar a prevenir metástases do câncer, revela pesquisa da Universidade de Cambridge

Estudo da Universidade de Cambridge revela que aspirina pode prevenir metástases. Medicamento inibe tromboxano A2, liberando células T para atacar câncer. Metástase afeta 70 a 80% dos pacientes, sendo um desafio no tratamento oncológico. Pesquisas anteriores já mostraram benefícios da aspirina em câncer de mama e próstata. Uso da aspirina deve ser orientado por médicos devido a potenciais efeitos colaterais.

Estudo explica mecanismo molecular em que a aspirina poderia reduzir a progressão do câncer (Foto: Viktoriya Skorikova/GettyImages)

Estudo explica mecanismo molecular em que a aspirina poderia reduzir a progressão do câncer (Foto: Viktoriya Skorikova/GettyImages)

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Uma nova pesquisa publicada na revista científica Nature revelou que a aspirina pode ajudar a prevenir a disseminação do câncer pelo corpo. O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, identificou o mecanismo que permite ao medicamento atuar na prevenção de metástases, que afetam de 70 a 80% dos pacientes diagnosticados com câncer, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A oncologista Tatiane Montella, da Oncoclínicas&Co, destacou que a metástase é um dos principais desafios no tratamento oncológico.

Os pesquisadores analisaram 810 genes em camundongos e descobriram que a ausência do gene ARHGEF1 resultou em menos metástases para pulmões e fígado. O ARHGEF1 suprime as células T, que combatem células cancerígenas metastáticas. A pesquisa mostrou que a aspirina inibe a produção de tromboxano A2 (TXA2), liberando as células T para atacar as células cancerígenas que se desprendem do tumor original.

Montella ressaltou que este estudo em laboratório confirma a relação entre o sistema imunológico e a oncogênese. A aspirina, ao inibir a proteína COX-2, potencializa a atividade das células T no combate às metástases. Embora haja estudos anteriores que associam a aspirina a benefícios em pacientes oncológicos, a compreensão do mecanismo até agora era limitada.

Os pesquisadores da Universidade de Cambridge estão colaborando com o ensaio clínico Add-Aspirin para aplicar essas descobertas na prática clínica. Montella alertou sobre os riscos da automedicação, enfatizando que, apesar dos resultados promissores, a aspirina deve ser utilizada sob orientação médica devido a potenciais efeitos colaterais, como sangramentos graves.

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