11 de mar 2025
Brasil registra 761 mortes por Covid em 2025, equivalente à queda de seis Boeings
Brasil registrou 761 mortes por Covid entre janeiro e março de 2025, queda de 57,46%. Em São Paulo, mortes aumentaram 58% nas últimas nove semanas de 2024. Total de mortes no Brasil desde 2020 chega a 715.295, com impacto contínuo. Especialistas alertam para vulneráveis; vacinação reduz gravidade e mortalidade. A Covid não é mais emergência global desde março de 2023, mas riscos permanecem.
Sepultamento noturno de vítima de Covid no Cemitério Vila Alpina, na zona leste de São Paulo (Foto: Mathilde Missioneiro - 6.abr.2021/Folhapress)
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O Brasil continua enfrentando um alto índice de mortes por Covid-19, mesmo cinco anos após o início da pandemia. De janeiro até 1º de março de 2025, foram registradas 761 mortes, conforme dados do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid Info Tracker. Este número representa uma média de 13 mortes diárias e 89 por semana, o que é 57,46% menor em comparação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 1.789 mortes. Em São Paulo, o cenário é semelhante, com 262 mortes registradas até a mesma data em 2025, uma redução de 43,04% em relação ao ano anterior.
Entretanto, uma análise das últimas nove semanas epidemiológicas de 2024 e as nove iniciais de 2025 revela um aumento de 21% nas mortes no Brasil, com um aumento ainda mais acentuado de 58% em São Paulo. De 2020 a 1º de março de 2025, o total de mortes por Covid no país alcançou 715.295. A primeira vítima da doença foi a diarista Rosana Urbano, que faleceu em março de 2020 após contrair o vírus.
Os especialistas alertam que a Covid-19 ainda representa um risco significativo, especialmente para grupos vulneráveis, como pessoas acima de 60 anos e aqueles com doenças crônicas. Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, enfatiza que, apesar das vacinas, os números de óbitos permanecem altos. Renato Grinbaum, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, destaca que a vacinação prévia tem contribuído para que os casos subsequentes sejam mais leves, mas a proteção dos grupos vulneráveis continua sendo crucial.
André Bon, infectologista do Hospital Nove de Julho, ressalta que, embora o arsenal terapêutico tenha avançado, os fatores de risco para óbito permanecem os mesmos desde 2020. Ele reforça a importância de manter o esquema vacinal atualizado, especialmente com vacinas bivalentes, que oferecem uma proteção significativamente maior contra a Covid-19. A pandemia deixou de ser considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em março de 2023, mas os desafios continuam a exigir atenção e cuidado.
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