13 de mar 2025
Medicamentos para obesidade podem ser incorporados ao SUS até o fim do ano
A Conitec avalia a inclusão de liraglutida e semaglutida no SUS para obesidade. Atualmente, 25% da população brasileira é afetada pela obesidade, sem tratamentos no SUS. Chamada Pública para contribuições sobre os medicamentos vai até 19 de março. Se aprovados, serão os primeiros medicamentos para obesidade disponíveis no SUS. A incorporação pode ocorrer até o final do ano, ampliando o acesso a tratamentos.
Aumento do sobrepeso e obesidade aumenta urgência no combate a alimentos ultraprocessados (Foto: Pixabay)
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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) está avaliando a incorporação de dois medicamentos para o tratamento da obesidade: liraglutida (Saxenda ou Victosa) e semaglutida (Wegovy). Atualmente, 25% dos brasileiros sofrem de obesidade, e essa taxa pode chegar a 48% até 2044, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2020. Embora existam cinco medicamentos aprovados para o tratamento da obesidade no Brasil, nenhum deles está disponível no SUS, que oferece apenas guias de orientação e cirurgia bariátrica.
A endocrinologista Claudia Cozer destaca que os pacientes atendidos pelo SUS estão desassistidos e pede igualdade de direitos. A sibutramina, o medicamento mais barato, teve 80% de aprovação na consulta pública, mas não foi incorporada. A avaliação da liraglutida foca em pacientes com obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, enquanto a semaglutida é direcionada a pacientes com obesidade grau II/III, a partir de 45 anos, sem diabetes, mas com doenças cardiovasculares. As Chamadas Públicas para contribuições estão abertas até 19 de março.
A vice-presidente médica da Novo Nordisk, Priscilla Mattar, informou que a empresa está em tratativas com o governo para a incorporação do Wegovy no SUS. O prazo para análise pela Conitec é de 180 dias a partir do protocolo de solicitação, feito em 16 de dezembro de 2024. Se aprovado, o Wegovy pode estar disponível até o final do ano, beneficiando pessoas com obesidade grau II/III e doenças cardiovasculares. A avaliação da liraglutida também está em andamento, mas não há pedido de incorporação do Ozempic, destinado ao tratamento de diabetes tipo 2.
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