Saúde

Mudanças no Farmácia Popular geram polêmica entre consumidores e farmácias

O Ministério da Saúde tornou gratuitos 41 itens do programa Farmácia Popular, eliminando copagamento. Vídeo viral destaca que farmácias enfrentam prejuízos com repasses insuficientes do governo. Proprietários de farmácias relatam descontinuação de produtos devido a custos elevados. Especialistas alertam que pequenas farmácias são mais afetadas pela nova política. A mudança pode inviabilizar economicamente farmácias, segundo a Abrafarma.

14.mar.2025 - O Comprova contextualiza a mudança no programa e os possíveis efeitos para as farmácias. (Foto: Projeto Comprova)

14.mar.2025 - O Comprova contextualiza a mudança no programa e os possíveis efeitos para as farmácias. (Foto: Projeto Comprova)

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O Ministério da Saúde anunciou em fevereiro de 2024 a extinção do modelo de copagamento do programa Farmácia Popular, que agora distribui gratuitamente todos os 41 itens nas farmácias credenciadas. Anteriormente, o governo subsidiava até 90% do valor de referência dos medicamentos, e o cidadão pagava a diferença. A mudança gerou reações, especialmente entre os proprietários de farmácias, que alegam que o valor repassado pelo governo não cobre os custos dos produtos.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais apresenta uma farmacêutica que critica a nova política, afirmando que o governo paga menos do que o custo real dos medicamentos. Ela exemplifica com o forxiga, que custa R$ 200, onde o governo repassava R$ 80, e as farmácias não conseguem repassar o produto gratuitamente. O repasse atual para uma caixa de 30 comprimidos é de R$ 118,50, enquanto o custo para as farmácias é entre R$ 140 e R$ 160.

Hebert Freire, professor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, explica que a eliminação do copagamento retira a possibilidade de lucro das farmácias, que agora dependem exclusivamente do que o governo paga. Ele destaca que as grandes redes têm mais poder de negociação com os fabricantes, o que não ocorre com as farmácias menores, que enfrentam dificuldades financeiras.

O Ministério da Saúde, por sua vez, afirma que a mudança não gera ônus para as farmácias e que os valores de referência dos medicamentos foram atualizados. O repasse para fraldas geriátricas, por exemplo, aumentou de R$ 0,71 para R$ 2,43 por unidade. Apesar disso, a insatisfação persiste, e a Abrafarma alerta que a nova estrutura pode tornar o programa insustentável para muitos estabelecimentos.

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