Saúde

Fila no SUS atinge recorde de espera de até dois anos para consultas e cirurgias

O tempo de espera no SUS atingiu recordes em 2024, com até dois anos para consultas. O E SUS Regulação foi criado para melhorar o controle das filas de espera. Apenas 14 das 27 secretarias estaduais atualizam informações sobre pacientes. O Ministério da Saúde registrou um aumento de 37% em cirurgias eletivas em 2023. A nova portaria exige envio periódico de dados à Rede Nacional de Dados em Saúde.

Espera por cirurgia no SUS (Foto: O GLOBO)

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Uma ferramenta desenvolvida pelo GLOBO, com dados do Ministério da Saúde, revela que o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS) atingiu níveis alarmantes em 2024. A espera para consultas médicas pode chegar a até dois anos, enquanto o tempo para cirurgias é de 634 dias. O tempo médio de espera para consultas em todas as especialidades é de 57 dias, e para cirurgias, 52 dias, com alguns casos extremos, como uma consulta em genética em Mato Grosso, que levou dois anos.

Os dados mostram que 13 das 27 secretarias estaduais não atualizam ou não preenchem informações sobre as filas de atendimento. Além disso, 10 capitais, incluindo São Paulo e Belo Horizonte, possuem sistemas próprios que não estão integrados ao sistema federal. Essa análise foi possível graças à Lei de Acesso à Informação (LAI), que permitiu a coleta de dados não divulgados pelo Ministério da Saúde.

O ministério reconhece a falta de controle e está buscando organizar as informações. Em resposta à reportagem, foi publicada uma portaria em 10 de março, que estabelece a criação do E-SUS Regulação, um novo sistema para substituir o atual. A norma exige que as secretarias enviem informações sobre as filas de espera periodicamente para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O Ministério da Saúde também destacou que já implementou iniciativas que contribuíram para a redução das filas, com um recorde de 14 milhões de cirurgias eletivas realizadas em 2023, um aumento de 37% em relação a 2022. A criação do novo sistema visa corrigir as falhas do Sisreg e tornará obrigatório o envio de dados por parte dos gestores locais, independentemente do sistema utilizado.

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