A menina Sama Tubail perdeu os cabelos após o início da guerra em Gaza (Foto: Reprodução/CNN)

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Menina palestina expressa desejo de morrer após perder cabelo em meio à guerra em Gaza - Menina palestina expressa desejo de morrer após perder cabelo em meio à guerra em Gaza

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O relato de uma menina palestina de oito anos, que expressou o desejo de morrer em meio ao conflito em Gaza, ilustra o trauma que afeta uma geração inteira, conforme apontam organizações humanitárias. Médicos no campo de refugiados de Khan Younis diagnosticaram a criança com um tipo de "choque nervoso" após ela testemunhar um ataque aéreo israelense que destruiu a casa de um vizinho. Desde o início da guerra, sua rotina foi desestruturada, levando a episódios de zombarias por parte de outras crianças devido à perda de cabelo. Em uma entrevista à CNN, Sama Tubail compartilhou sua tristeza e o desejo de voltar a pentear seu cabelo.

Cerca de 50% das crianças palestinas já manifestaram vontade de morrer, segundo um relatório da War Child Alliance e do Centro de Treinamento Comunitário para Gestão de Crises em Gaza. A pesquisa, que envolveu mais de 500 cuidadores de crianças vulneráveis, revelou que 96% das crianças sentem que a morte é iminente e 49% já expressaram o desejo de morrer após os ataques. Gaza possui a maior taxa de crianças amputadas per capita do mundo, com aproximadamente 25 mil feridas desde o início do conflito e 17 mil separadas dos pais ou órfãs.

As condições de vida em Gaza são alarmantes. Aziza Alshabrawy, refugiada em um campo da cidade, relatou que as crianças enfrentam fome, frio e medo constante. Até outubro de 2024, mais de 14 mil crianças já haviam morrido devido à guerra, com o Ministério da Saúde de Gaza reportando que 200 crianças foram vítimas fatais dos bombardeios israelenses nos últimos dias. Além disso, 335 mil crianças menores de cinco anos estão em alto risco de desnutrição, e doenças transmissíveis, como hepatite A e poliomielite, estão em ascensão.

O Unicef estima que 1,2 milhão de crianças em Gaza necessitam de atendimento psicológico. O subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários, Tom Fletcher, destacou que "uma geração foi traumatizada", com crianças enfrentando mortes, fome e frio. O cenário é devastador, com relatos de crianças que perderam seus pais em ataques e que vivem em condições extremas, clamando por ajuda e atenção internacional.

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