Saúde

Ozempic e a crise do body positive: a nova era da aceitação corporal em xeque

Ozempic, medicamento para diabetes, se tornou popular por promover perda de peso. Prescrições aumentaram 442% nos EUA, gerando escassez.

Uma pessoa segurando a caixa de Ozempic em Madrid, Espanha. (Foto: Ricardo Rubio (Europa Press/ Getty Images))

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Ozempic, um medicamento amplamente discutido, ganhou notoriedade entre celebridades e na mídia, especialmente por sua associação com a perda de peso. Produzido pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, Ozempic contém semaglutida, um princípio ativo que, além de tratar diabetes tipo 2, reduz o apetite e aumenta a saciedade. A aprovação de Wegovy, uma versão do medicamento focada na perda de peso, pela FDA em 2021, intensificou o interesse por essas opções não cirúrgicas.

O uso de Ozempic e medicamentos similares, como Mounjaro, aumentou drasticamente, com um crescimento de 442% nas prescrições nos EUA entre janeiro de 2021 e dezembro de 2023, passando de 481.876 para 2,5 milhões. Essa popularidade, no entanto, gerou preocupações sobre a escassez do medicamento para diabéticos que realmente necessitam dele. Além disso, a ascensão desses tratamentos está impactando negativamente a discussão sobre aceitação corporal, que ganhou força na última década.

Celebridades que antes promoviam a aceitação de diferentes tipos de corpo, como Rihanna e Lizzo, agora enfrentam críticas ao perder peso rapidamente, muitas vezes sem admitir o uso de Ozempic. A narrativa de aceitação parece estar sendo substituída por uma busca por soluções rápidas, refletindo uma mudança cultural em relação à imagem corporal. O uso crescente de medicamentos para emagrecimento levanta questões sobre a pressão estética e o tratamento desigual baseado na aparência.

O debate sobre representatividade e aceitação corporal continua a ser predominantemente feminino, com figuras públicas enfrentando um intenso escrutínio por suas escolhas e mudanças físicas. A situação atual sugere uma possível reversão das conquistas em diversidade e aceitação que foram alcançadas nos últimos anos, com a delgadez voltando a ser vista como um ideal.

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