07 de abr 2025
Desabastecimento de medicamentos desafia governo de Claudia Sheinbaum em meio a suspeitas de corrupção
O governo de Claudia Sheinbaum enfrenta um desabastecimento de medicamentos de 30%. Irregularidades em uma megacompra resultaram na suspensão de aquisições. A falta de coordenação entre instituições públicas agrava a crise de saúde. A auditoria revelou erros em 175 categorias de medicamentos, com sobrecusto de R$ 13 bilhões. A distribuição desigual dos medicamentos evidencia a ineficiência do sistema atual.
La Megafarmacia del Bienestar, em Huehuetoca, Estado de México, no dia 29 de dezembro de 2023. (Foto: Gladys Serrano)
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O governo de Claudia Sheinbaum enfrenta um sistema de saúde pública em crise, herdado com um desabastecimento de medicamentos de 30%. A gestão anterior, sob o comando do ex-presidente López Obrador, implementou medidas anticorrupção que impactaram negativamente a rede de suprimentos. Em novembro, a Subsecretaria de Saúde lançou uma megacompra de medicamentos para os anos de 2025 e 2026, mas irregularidades no processo levaram à suspensão das aquisições.
O subsecretário de Saúde, Eduardo Clark, revelou que 6% das compras já adjudicadas apresentavam erros, resultando em um sobrecusto de R$ 13 bilhões. A auditoria externa destacou que nem todas as etapas do processo foram realizadas conforme a lei, e a falta de informações dificultou as investigações da Secretaria Anticorrupção. O governo anunciou a destituição dos responsáveis pelas adjudicações problemáticas e enfatizou que "não há espaço para corrupção".
A distribuição dos medicamentos também enfrenta desafios, com a falta de coordenação entre instituições como o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e o IMSS Bem-estar. Até o início de abril, apenas 61% das 381 milhões de peças solicitadas foram recebidas. A fragmentação das responsabilidades entre a Secretaria de Saúde, Birmex e o INSS tem dificultado a comunicação e a eficiência no processo de licitação e distribuição.
Além disso, a atual administração busca recuperar as compras consolidadas, que agrupam as necessidades de todas as instituições, mas ainda não as devolveu ao IMSS, que tinha experiência nesse tipo de operação. Especialistas alertam que a falta de um sistema institucionalizado de controle pode perpetuar os problemas de desabastecimento e ineficiência na distribuição de medicamentos, que já obrigaram a população a aumentar o gasto com saúde.
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