Refrigerantes zero: alternativa saudável ou riscos ocultos à saúde?

Os refrigerantes são bebidas populares, mas a alta quantidade de açúcar presente neles gera preocupações sobre a saúde. Para contornar isso, surgiram as versões zero e diet, que prometem o mesmo sabor com menos calorias. No entanto, especialistas alertam que o consumo excessivo dessas alternativas pode impactar negativamente a microbiota intestinal e não impede o ganho de peso. A médica nutróloga Eline de Almeida Soriano destaca que, embora o refrigerante zero não seja "pior" que o normal em termos calóricos, seu uso deve ser moderado.

Os profissionais de saúde afirmam que, apesar de os refrigerantes zero serem uma escolha melhor em comparação aos tradicionais, eles não são considerados saudáveis. O médico endocrinologista Roberto Zagury ressalta que o consumo excessivo de qualquer tipo de refrigerante pode ser prejudicial. A nutricionista Daniela Canella complementa que ambas as opções são ultraprocessadas e contêm aditivos que podem estar associados a diversas doenças.

A principal diferença entre os refrigerantes está na presença de açúcar ou adoçantes. O refrigerante normal contém açúcar, que em excesso pode levar a problemas como cáries e ganho de peso, enquanto o refrigerante zero utiliza adoçantes, que não garantem proteção contra o aumento de peso e podem estar relacionados a riscos de câncer. Em julho de dois mil e vinte e três, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aspartame, um adoçante comum, como "possivelmente cancerígeno", recomendando limites de consumo.

A OMS sugere um limite de até quarenta miligramas de aspartame por quilo corporal. Para os refrigerantes tradicionais, não há um limite exato, mas especialistas concordam que o ideal é um consumo ocasional. A recomendação geral é evitar refrigerantes e optar por bebidas mais saudáveis, como água e sucos naturais, priorizando uma reeducação alimentar para uma saúde metabólica equilibrada.