13 de abr 2025
Ricaurte enfrenta estigma e desafios com alta prevalência do síndrome do cromossoma X frágil
Ricaurte, na Colômbia, enfrenta uma crise de saúde pública com a alta prevalência da síndrome do cromossoma X frágil, exigindo apoio urgente.
Patricia Triviño alimenta sua irmã, que sofre fortes convulsões por síndrome de X frágil, em sua casa em Ricaurte, em março. (Foto: Jair F. Coll)
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Patricia Triviño Rodríguez, de cinquenta e três anos, vive em Ricaurte, na Colômbia, onde a taxa de síndrome do cromossoma X frágil é a mais alta do mundo. Ela cuida de seus filhos e familiares afetados pela condição, que causa discapacidade intelectual severa. Recentemente, um estudo genético confirmou a origem da mutação, revelando um efeito fundador na população local.
Em Ricaurte, a prevalência da síndrome é alarmante: 48 homens a cada mil e 20 mulheres a cada mil são afetados. O médico geneticista Wilmar Saldarriaga, que há três décadas identificou a doença, explica que a mutação ocorre devido à repetição anormal da tripleta CGG no cromossomo X. A condição é frequentemente acompanhada de características físicas distintas, como cara alongada e orelhas grandes.
Os médicos Saldarriaga e Julián Ramírez Cheyne realizam visitas mensais ao município, onde atendem pacientes em um centro de saúde precário. As famílias, que vivem em condições de pobreza, frequentemente não têm acesso a tratamentos adequados. "É uma bênção de Deus que vocês venham," diz uma residente, destacando a importância do apoio médico.
As investigações científicas revelaram que a síndrome pode ter se originado de um mesmo ancestral, um fenômeno conhecido como efeito fundador. As famílias afetadas pedem apoio especializado e a criação de uma fundação para oferecer terapias e projetos produtivos. "Precisamos de ajuda," afirma Patricia, enfatizando que não são "bobos", mas sim portadores de uma condição que requer atenção e compreensão.
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