17 de abr 2025
Caminhar mais rápido pode reduzir em até 43% o risco de arritmias cardíacas
Caminhar mais rápido pode reduzir em até 43% o risco de arritmias cardíacas, especialmente em mulheres e jovens. Estudo revela benefícios significativos.
Foto de um trabalhador em uma linha de montagem em uma fábrica de eletrônicos. (Foto: FG Trade/E+/Getty Images/File)
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Caminhada em ritmo acelerado reduz risco de arritmias cardíacas em até 43%
Uma nova pesquisa publicada na revista Heart revela que aumentar o ritmo da caminhada pode diminuir significativamente o risco de desenvolver anomalias no ritmo cardíaco. O estudo associa ritmos médios e rápidos a uma redução de 35% e 43% nos riscos de diferentes tipos de arritmias, respectivamente, em comparação com um ritmo lento.
As arritmias analisadas incluem a fibrilação atrial, bradiarritmias e arritmias ventriculares. A fibrilação atrial, a mais comum, é caracterizada por batimentos cardíacos irregulares e rápidos. Bradiarritmias são batimentos cardíacos anormalmente lentos, enquanto as arritmias ventriculares ocorrem quando as câmaras inferiores do coração batem muito rápido.
Atividade física acessível a todos
De acordo com a Dra. Jill Pell, autora sênior do estudo e professora de Saúde Pública da Universidade de Glasgow, na Escócia, a caminhada é uma atividade física acessível a todos. “Você não precisa gastar dinheiro em academias ou equipamentos, basta sair de casa e caminhar”, afirmou por e-mail.
A pesquisa analisou dados de saúde e atividade de mais de 420 mil adultos do UK Biobank, um estudo que acompanha a saúde de mais de 500 mil pessoas entre 40 e 69 anos no Reino Unido. Os participantes relataram seus hábitos de caminhada, que foram classificados em lento, médio ou rápido.
Benefícios observados em diferentes grupos
Durante um período de acompanhamento médio de 13 anos, 9% dos participantes desenvolveram arritmias. Os benefícios da caminhada em ritmo acelerado foram mais evidentes em pessoas com menos de 60 anos, sem obesidade, com pressão alta ou com duas ou mais condições preexistentes, e em mulheres.
A cardiologista Dra. Martha Gulati, diretora de cardiologia preventiva no Smidt Heart Institute, em Los Angeles, destacou a importância do estudo. “Isso mostra que uma das estratégias primárias de prevenção para reduzir arritmias cardíacas é a caminhada rápida”, disse.
Estudo observacional e próximos passos
Embora o estudo não prove uma relação de causa e efeito, os autores ressaltam que os resultados são promissores. Eles reconhecem que estudos observacionais podem ser influenciados por vieses e que pessoas que caminham mais lentamente podem já ter problemas de saúde preexistentes.
Dra. Pell defende a realização de um estudo de intervenção para confirmar os resultados, no qual participantes seriam incentivados a aumentar seu ritmo de caminhada. A pesquisa também aponta que caminhar em ritmo médio por apenas 5 a 15 minutos por dia pode ser suficiente para reduzir o risco de arritmias.
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