17 de abr 2025
Probióticos para a pele: a nova fronteira no cuidado dermatológico e suas promessas
Pesquisas recentes indicam que probióticos tópicos podem revolucionar o tratamento de doenças de pele, mas mais estudos são necessários para comprovar sua eficácia.
Como podemos cuidar do microbioma da nossa pele? (Foto: Getty Images)
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Pesquisas apontam para o potencial de probióticos no tratamento de doenças de pele
A pele humana abriga uma comunidade complexa de bactérias, o microbioma cutâneo, que desempenha um papel crucial na saúde. Estudos recentes indicam que o uso de probióticos tópicos pode ser eficaz no tratamento de condições como eczema e acne, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses benefícios.
Microbioma da pele: um ecossistema essencial
As bactérias presentes na pele atuam como uma barreira protetora contra infecções, auxiliam na cicatrização e podem até mesmo proteger contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta. O equilíbrio desse microbioma é fundamental para a manutenção da saúde cutânea.
Histórico e evolução dos tratamentos probióticos
Desde 1912, cientistas exploram o uso de bactérias para tratar problemas de pele, como acne e dermatite. Atualmente, diversas empresas oferecem produtos com probióticos, prometendo reequilibrar o microbioma e “revigorar” a pele.
Desafios na eficácia dos produtos probióticos
Apesar da popularidade, muitos produtos rotulados como “probióticos” não contêm bactérias vivas. Além disso, a falta de regulamentação específica para cosméticos dificulta a comprovação da eficácia desses produtos, exigindo testes menos rigorosos do que os exigidos para medicamentos.
Prebióticos e pós-bióticos: alternativas promissoras
Diante das dificuldades em manter bactérias vivas em produtos, muitos fabricantes optam por utilizar prebióticos – nutrientes que estimulam o crescimento de bactérias benéficas – ou pós-bióticos – substâncias produzidas por bactérias benéficas.
Transplantes bacterianos: uma nova abordagem
A empresa S-Biomedic está explorando o uso de “transplantes” bacterianos para restaurar o microbioma da pele, buscando uma forma de superar os desafios de manter as bactérias vivas durante a fabricação e aplicação.
Associação entre microbioma e doenças de pele
Pesquisas indicam que alterações no microbioma da pele estão associadas a diversas doenças, como eczema, rosácea, acne e psoríase. No entanto, ainda não se sabe se essas alterações são causa ou consequência das doenças.
Resultados promissores em ensaios clínicos
Estudos preliminares mostram que a aplicação de bactérias vivas pode reduzir a colonização por bactérias nocivas, como o Staphylococcus aureus, em pacientes com eczema, além de diminuir a vermelhidão e a coceira.
Ação da Staphylococcus hominis
A bactéria Staphylococcus hominis, presente em 21% das pessoas saudáveis, produz peptídeos antimicrobianos que combatem o S. aureus, além de substâncias que interrompem a comunicação entre bactérias nocivas, prevenindo a inflamação.
Outras bactérias em estudo para o tratamento da acne
Pesquisadores investigam o potencial de bactérias como Enterococcus faecalis e Staphylococcus capitis para inibir o crescimento da Cutibacterium acnes, bactéria associada à acne.
Benefícios de prebióticos e pós-bióticos
Estudos sugerem que a inulina, um prebiótico, pode melhorar a suavidade e a hidratação da pele, enquanto a esfingomielinase, um pós-biótico, pode aumentar a produção de ceramidas, essenciais para a saúde da pele.
Cuidados básicos para um microbioma saudável
Especialistas recomendam manter os cuidados básicos com a pele, como hidratação e limpeza adequada, para promover um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias benéficas.
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