18 de abr 2025
Sociedade Brasileira de Pediatria alerta sobre riscos de desafios perigosos na internet
Após mortes de crianças em desafios virais, SBP alerta sobre riscos da inalação de aerossóis e pede supervisão de pais e educadores.
'Desafio do desodorante' matou crianças de 8 e 11 anos (Foto: Africa Studio/Adobe Stock)
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Alerta sobre Desafios Online: Crianças Morrem Após Inalar Aerossol
Duas crianças morreram no Brasil em março e abril após participarem de um desafio viral que envolvia a inalação de aerossol de desodorantes. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu um alerta urgente sobre os riscos de comportamentos perigosos propagados na internet.
A SBP reforça a importância da supervisão de pais e educadores, além da conscientização de profissionais de saúde mental, sobre os perigos de desafios online. A entidade destaca que, entre 2014 e 2025, pelo menos 56 crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos morreram ou sofreram ferimentos graves ao participar de jogos e desafios online, conforme dados do Instituto DimiCuida.
Os “desafios perigosos” são definidos como a instigação a práticas de autoagressão, muitas vezes disfarçadas como “brincadeiras”, que se espalham rapidamente em plataformas online. No caso recente, vídeos no TikTok ensinavam a inalar desodorante para provocar desmaios, prática que pode causar danos graves à saúde e até a morte.
Segundo Gabriel Santiago, coordenador nacional de pneumologia da Rede D’Or, os gases presentes nos desodorantes substituem o oxigênio nos pulmões, impedindo a oxigenação do corpo. A SBP identificou padrões de comportamento de risco, como sufocamento, agressões físicas e ingestão de substâncias tóxicas.
Pais e cuidadores devem supervisionar as atividades online dos jovens, estabelecendo regras claras sobre segurança, privacidade e bloqueio de conteúdos inadequados. Um caso recente ocorreu no Distrito Federal, onde uma menina de oito anos morreu após uma parada cardiorrespiratória, com suspeita de participação no “desafio do desodorante”. A Polícia Civil investiga o caso e periciou o celular da vítima. O Senado Federal também oficiou as plataformas TikTok e Kwai, cobrando maior proteção aos menores.
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