25 de abr 2025
Gerações enfrentam a violência contra a mulher de formas distintas e desafiadoras
Gerações enfrentam a violência contra a mulher de maneiras distintas, refletindo mudanças sociais e desafios únicos em cada faixa etária.
Violência contra a mulher é percebida de maneira diferente entre gerações (Foto: Freepik)
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A violência contra a mulher é um problema social que transcende idades e classes sociais, mas as reações e percepções variam entre gerações. A geração Z, por exemplo, tem rompido o silêncio sobre abusos por meio digital, enquanto os millennials enfrentam barreiras sociais e os boomers lidam com a violência camuflada em lares tradicionais.
A geração Z, composta por jovens nascidos a partir de mil novecentos e noventa e cinco, enfrenta formas de violência que vão além do físico e psicológico. Vazamentos de imagens íntimas, deepfakes e perseguições virtuais são algumas das agressões que afetam especialmente meninas e mulheres jovens. O advogado criminalista Davi Gebara destaca que essa geração está mais disposta a denunciar abusos, utilizando as redes sociais como ferramenta de articulação. Casos como o de Duda Reis, que expôs um relacionamento abusivo, exemplificam essa nova dinâmica.
Os millennials, adultos entre trinta e quarenta anos, vivem uma transição. Criados em contextos onde o machismo era comum, muitos agora repensam relações e padrões. Contudo, ainda enfrentam obstáculos, como o medo do julgamento e a pressão social. Exemplos como os relatos de Luana Piovani e Déborah Secco mostram como essas mulheres ajudaram a trazer o tema à tona em uma época em que poucas se manifestavam.
Entre os boomers, a violência muitas vezes permanece oculta sob o manto da "vida privada". Mulheres dessa geração, com sessenta anos ou mais, cresceram em lares onde a submissão era considerada uma virtude. Muitas permanecem em relacionamentos abusivos devido à dependência financeira ou ao medo da solidão. Luiza Brunet, aos sessenta e dois anos, é um exemplo de quem denunciou publicamente as agressões que sofreu, tornando-se uma voz ativa na defesa dos direitos das mulheres.
Compreender as diferenças geracionais é crucial para aprimorar a atuação jurídica e as políticas públicas de proteção à mulher. Cada faixa etária requer um acolhimento específico, pois, apesar da violência ter a mesma essência, o contexto de cada vítima é único.
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