25 de abr 2025
Estudo revela que mordidas de tubarão são frequentemente reações de autodefesa humana
Estudo revela que ataques de tubarões a humanos são, em grande parte, reações de autodefesa, desafiando estigmas históricos.
Tubarão-branco na África do Sul (Foto: AP/VEJA/VEJA)
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Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Conservation Science revela que muitos ataques de tubarões a humanos são, na verdade, reações de autodefesa. A pesquisa, liderada por Eric E. G. Clua, analisou dados da Polinésia Francesa e sugere que as mordidas são frequentemente superficiais e não letais.
Entre 1942 e 2023, foram registradas 16 mordidas com alta probabilidade de serem motivadas por autodefesa. A maioria ocorreu durante atividades de pesca, como a harpoagem de tubarões e a pesca submarina. O estudo destaca que essas mordidas não são precedidas por comportamentos agressivos típicos, como natação em zigue-zague, que indicam uma ameaça.
Os pesquisadores identificaram que as mordidas de autodefesa são geralmente superficiais, com mínimo dano tecidual. Em contraste, as mordidas predatórias costumam resultar em grande perda de tecido e são mais letais. A análise sugere que a taxa de mordidas de autodefesa pode ser subestimada, já que muitos incidentes não são reportados.
Comportamentos humanos como a pesca podem ser interpretados pelos tubarões como ameaças, levando a reações defensivas. Clua enfatiza que, mesmo ações bem-intencionadas, como tentar ajudar um tubarão encalhado, podem resultar em mordidas. O estudo critica a tendência da mídia de rotular todas as mordidas como "ataques", o que prejudica a imagem dos tubarões e seus esforços de conservação.
Os tubarões, considerados sagrados em algumas culturas polinésias, enfrentam ameaças devido à pesca excessiva e à demanda por suas aletas. A pesquisa conclui que a melhor forma de evitar mordidas de autodefesa é evitar assediar ou atacar os tubarões.
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