Saúde

Cresce a preocupação com a qualidade das faculdades de medicina no Brasil e seus impactos

Faculdades de medicina proliferam no Brasil, mas a qualidade da formação é alarmante. Mudanças na avaliação são urgentes.

Estudantes durante uma aula de um curso de medicina (Foto: Anselmo Cunha - 7.dez.24/Folhapress)

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O Brasil enfrenta uma crise na formação de médicos, com a abertura excessiva de faculdades de medicina de baixa qualidade. O Ministério da Educação (MEC) revelou que muitos cursos, especialmente os criados entre 2015 e 2018, obtiveram notas insatisfatórias no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Essa situação gera riscos à saúde da população, uma vez que mais da metade dos cursos avaliados não alcançou desempenho satisfatório.

Recentemente, o MEC anunciou a substituição do Enade pelo Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que terá questões mais abrangentes e será realizado anualmente. Além disso, discute-se a criação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina, uma proposta que enfrenta resistência no Congresso, onde o projeto está parado. A falta de clareza sobre a execução do exame e a existência de outros mecanismos de avaliação são algumas das justificativas para os adiamentos.

Dados do Enade de 2023 mostram que 62 cursos de medicina tiraram notas 1 e 2, consideradas abaixo do adequado. A situação é alarmante em estados como Amazonas e Maranhão, onde a maioria dos formandos provém de instituições com desempenho insatisfatório. No Amazonas, 75% dos graduados em 2023 estudaram em cursos mal avaliados. Em resposta a essa crise, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alerta que a formação inadequada de médicos pode resultar em diagnósticos errados e tratamentos inadequados, aumentando os custos para o sistema de saúde.

A proliferação de faculdades de medicina sem infraestrutura adequada e docentes qualificados é um problema que requer atenção urgente. O CFM defende a necessidade de critérios rigorosos para a abertura de novos cursos e a fiscalização das instituições existentes. A formação de médicos deve ser priorizada, com investimentos em infraestrutura e programas de residência médica que garantam a qualidade do atendimento à população.

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