30 de abr 2025
Apagão histórico em Espanha e Portugal gera caos e afeta pacientes dependentes de aparelhos elétricos
Apagão histórico na Espanha e Portugal expõe vulnerabilidades de pacientes eletrodependentes e gera caos em serviços essenciais.
José Vicente Zugasti em diálise domiciliar (Foto: cedida por ele)
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Espanha e Portugal enfrentam apagão histórico, afetando milhões
Na segunda-feira, aos 12h33, Espanha e Portugal sofreram um apagão histórico, causando caos e desinformação. O evento impactou especialmente pacientes eletrodependentes, que enfrentaram situações críticas. Famílias lutaram para manter aparelhos vitais funcionando, enquanto muitos cidadãos ficaram sem acesso a dinheiro e comunicação.
Carmela Cadenas, residente em Granada, relatou que a vida de seu filho estava em risco. Ele, com paralisia cerebral e insuficiência respiratória, dependia de um aparelho conectado à energia. Com a bateria do oxigênio em 50%, a família teve que improvisar, conectando um cabo de extensão a uma van adaptada para garantir a sobrevivência do menino.
Os hospitais se tornaram refúgios para muitos pacientes que precisavam de energia para seus dispositivos. Manuel Luján, coordenador de um projeto de ventilação mecânica, informou que alguns pacientes passaram a noite nos hospitais em busca de eletricidade. A situação variou conforme a região, com áreas mais afetadas enfrentando problemas graves.
Desespero e improvisação
A enfermeira Maria Montero, que trabalha em um centro de saúde em Madri, atendeu familiares de pacientes angustiados. Muitos precisavam de oxigênio, mas o sistema estava colapsado. Montero e uma colega correram a um supermercado para carregar um aparelho vital, agindo por conta própria devido à falta de opções.
Antonio de Pablo, paciente com ELA, contou que sua família e vizinhos se uniram para garantir que ele tivesse energia. A Polícia Municipal também ofereceu ajuda, permitindo que ele carregasse seu dispositivo. Em contraste, Encarni, de 52 anos, enfrentou dificuldades com sua filha, que precisa de um BIPAP. Ela monitorou a saturação de oxigênio da jovem, temendo pela vida dela.
José Vicente Zugasti, em tratamento de diálise, também passou por momentos de tensão. Sem energia, sua máquina parou, e ele precisou de orientação médica, mas a comunicação estava comprometida. A Federação Nacional de Associações para a Luta Contra as Doenças Renais alertou que a situação poderia ter sido crítica se o apagão durasse mais de 24 horas.
Reações e lições aprendidas
O apagão gerou uma onda de desespero e improvisação. Muitos cidadãos recorreram a métodos alternativos para se manter informados e abastecidos. A falta de eletricidade levou a longas filas em caixas eletrônicos e supermercados, com pessoas buscando alimentos não perecíveis.
A situação também trouxe à tona a necessidade de um plano de contingência para eletrodependentes. As experiências vividas durante o apagão evidenciam a urgência de medidas que garantam a segurança e o bem-estar desses pacientes em situações de emergência.
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