30 de abr 2025
Mudanças na diversidade de plantas no Ártico revelam impactos do aquecimento global
Aquecimento do Ártico altera comunidades vegetais, com 59% dos locais apresentando mudanças significativas na composição das espécies.
Foto: Reprodução
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O aquecimento do Ártico está ocorrendo quatro vezes mais rápido que a média global, impactando as comunidades vegetais da região. Um estudo recente analisou 42.234 registros de 490 espécies de plantas vasculares em 2.174 locais entre 1981 e 2022. Os pesquisadores descobriram que, embora a riqueza de espécies não tenha mudado de forma direcional, 59% dos locais apresentaram mudanças significativas na composição das espécies.
O estudo revelou que a riqueza de espécies tende a ser maior em latitudes mais baixas e em áreas mais quentes. No entanto, não houve evidência de que a riqueza média de espécies tenha mudado ao longo do tempo. As mudanças observadas foram caracterizadas por um turnover (substituição de espécies) generalizado, com mais de 50% dos locais ganhando ou perdendo espécies. As áreas que mais aqueceram mostraram uma maior proporção de perdas e ganhos de espécies.
A expansão de arbustos, especialmente os eretos, foi associada a perdas de espécies e diminuição da riqueza. Apesar das mudanças na composição das plantas, as comunidades vegetais do Ártico não se tornaram mais homogêneas, indicando que a bioticidade não se homogenizou até o momento. Os principais fatores que impulsionam essas mudanças incluem o aumento da temperatura e as interações entre plantas.
Os resultados do estudo destacam a importância de entender como as mudanças climáticas estão afetando a biodiversidade no Ártico. As alterações nas comunidades vegetais podem impactar a função dos ecossistemas, os habitats da vida selvagem e a subsistência das populações locais. O estudo enfatiza a necessidade de monitoramento contínuo para compreender as dinâmicas de biodiversidade em um clima em aquecimento.
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