Saúde

SBD recomenda rastreamento do diabetes tipo 2 a partir dos 35 anos no Brasil

Novas diretrizes da SBD antecipam rastreio do diabetes tipo 2 para 35 anos, visando detectar casos precoces e melhorar o tratamento.

Alta de diabetes tipo 2 entre pessoas jovens leva sociedade médica a antecipar rastreamento. (Foto: Pexels)

Alta de diabetes tipo 2 entre pessoas jovens leva sociedade médica a antecipar rastreamento. (Foto: Pexels)

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A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualizou suas diretrizes para o rastreio e diagnóstico do diabetes tipo 2, recomendando que os exames de rastreio sejam realizados a partir dos 35 anos. Anteriormente, a recomendação era a partir dos 45 anos. Essa mudança reflete o aumento de casos precoces da doença, conforme publicado na revista científica Diabetology & Metabolic Syndrome.

O coordenador do Departamento de Diabetes Tipo 2 e Pré-diabetes da SBD, Luciano Giacaglia, destacou que o diabetes tipo 2, antes considerado uma doença de adultos, já aparece em jovens de 12 a 14 anos. Essa antecipação no diagnóstico é crucial, pois a doença está associada a fatores como sobrepeso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados.

Dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes indicam que 589 milhões de adultos viviam com diabetes em 2024, com previsão de aumento para 853 milhões até 2050. No Brasil, 16,6 milhões de pessoas têm diabetes, e esse número pode crescer 44,6% nos próximos 25 anos. Um desafio significativo é que 31,9% dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença.

Novos Critérios de Diagnóstico

As novas diretrizes também introduzem mudanças nos exames. A SBD recomenda a realização de glicemia de jejum e hemoglobina glicada como exames iniciais. Se ambos os resultados forem compatíveis com o diagnóstico de diabetes, nenhum exame adicional é necessário. Caso apenas um exame seja positivo, ele deve ser repetido para confirmação.

Além disso, o teste de tolerância à glicose oral agora tem um período de espera reduzido de duas horas para uma hora, com um novo nível considerado normal. Giacaglia afirmou que essa mudança pode antecipar o diagnóstico em até dois anos, evitando que muitos pacientes cheguem a um estado avançado da doença.

As novas diretrizes também recomendam rastreio para crianças e adolescentes a partir dos 10 anos com sobrepeso ou obesidade, além de adultos com menos de 35 anos que apresentem fatores de risco. A atualização das diretrizes é vista como um passo importante para enfrentar o aumento do diabetes e suas complicações associadas.

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