Minas Gerais e Florianópolis decretam emergência devido ao aumento de casos de SRAG

O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública nesta sexta-feira (2), devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A medida, que terá validade de 180 dias, foi motivada pela pressão sobre o sistema de saúde, especialmente nas regiões de Montes Claros, Governador Valadares, Januária, Diamantina, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte.

A decisão foi anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo) e reflete um crescimento acentuado nas internações, principalmente entre crianças. Em abril, Minas Gerais registrou 26.817 internações por SRAG e 397 mortes. O aumento é atribuído à circulação de vírus como o sincicial respiratório e o influenza A.

Aumento de Internações

A prefeitura de Belo Horizonte já havia decretado emergência em saúde pública na quarta-feira (30), com um aumento de 49% nos atendimentos relacionados a doenças respiratórias em abril, totalizando 63.217 pacientes. A superlotação das unidades de saúde é um risco significativo para a população.

Em Florianópolis, o prefeito Topázio Silveira Neto também decretou situação de emergência na quinta-feira (1º), com um aumento de 85% nas internações de crianças e 42% entre adultos. A cidade enfrenta uma ocupação de 100% dos leitos de retaguarda hospitalares.

Medidas Adotadas

As ações previstas incluem a mobilização do Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), que será coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. O decreto permite a contratação temporária de profissionais e a aquisição de bens e serviços sem licitação para enfrentar a crise.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave pode ser causada por vírus, bactérias e fungos, levando a sintomas como febre, dificuldade para respirar e diminuição da oxigenação sanguínea. A vacinação é a principal forma de prevenção, e a campanha contra a gripe já está em andamento.