03 de mai 2025
Seletividade alimentar no autismo afeta saúde e desenvolvimento de crianças brasileiras
Deficiências nutricionais em crianças autistas são comuns e urgem por acolhimento especializado no Brasil. A seletividade alimentar impacta o desenvolvimento.
Seletividade alimentar no autismo não é uma simples questão de preferência (Foto: Shutterstock)
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A relação entre autismo e nutrição tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil. Famílias enfrentam desafios relacionados à seletividade alimentar em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que pode impactar o desenvolvimento e a saúde. Estudos recentes indicam que crianças autistas frequentemente apresentam deficiências de micronutrientes essenciais, como vitamina D, ferro, ômega-3 e zinco.
Essas deficiências podem afetar negativamente o crescimento, a imunidade e o desenvolvimento cognitivo e emocional. A seletividade alimentar no TEA está ligada a fatores como perfil sensorial e rigidez comportamental, resultando em dietas limitadas. A vitamina D é crucial para a saúde óssea e a regulação imunológica, enquanto o ferro é vital para a oxigenação cerebral. O ômega-3 melhora a atenção e a memória, e o zinco é importante para o sistema imunológico.
Urgência do Acolhimento Nutricional
No Brasil, a falta de profissionais especializados em nutrição para pessoas com TEA é alarmante. O Censo de 2022 trouxe dados sobre a população autista, mas informações sobre nutrição ainda são escassas. Essa lacuna dificulta a criação de políticas públicas eficazes. A carência de nutricionistas no Sistema Único de Saúde (SUS) e o alto custo de dietas adaptadas tornam a situação ainda mais desafiadora.
Estratégias nutricionais eficazes incluem a exposição gradual a novos alimentos e intervenções interdisciplinares que envolvem psicologia e terapia ocupacional. O planejamento com nutricionistas especializados é fundamental para corrigir deficiências e garantir uma alimentação prazerosa. Recursos visuais, como pranchas e histórias sociais, também podem ajudar a aumentar a aceitação de novos alimentos.
A nutrição adequada é essencial para o desenvolvimento e a inclusão de pessoas com TEA. Uma alimentação balanceada pode melhorar a qualidade de vida, favorecendo a aprendizagem e a interação social.
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