Usar o celular em situações que prejudicam a vida está entre os sinais de vício (Foto: Pexels)

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Cientistas propõem novo transtorno mental relacionado ao uso excessivo de redes sociais - Cientistas propõem novo transtorno mental relacionado ao uso excessivo de redes sociais

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Um novo estudo no Reino Unido revela que adolescentes com problemas de saúde mental passam, em média, cinquenta minutos a mais nas redes sociais do que seus pares sem tais condições. Publicado na revista Nature Human Behavior, o trabalho analisou dados de três mil e trezentos e quarenta adolescentes entre 11 e 19 anos. Os resultados indicam que esses jovens são mais insatisfeitos com suas experiências online.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge destacam que 16% dos participantes apresentaram pelo menos uma condição de saúde mental. Entre eles, oito por cento tinham transtornos como ansiedade e depressão, que os tornaram mais vulneráveis a experiências negativas nas redes sociais. Os adolescentes com essas condições relataram maior insatisfação com o número de amigos online e foram mais afetados por comentários e reações a suas postagens.

Proposta de Novo Transtorno

Cientistas sugerem que a relação prejudicial de alguns adolescentes com as redes sociais seja reconhecida como um novo tipo de transtorno mental. Se aceita, essa proposta poderia ser incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e na Classificação Internacional de Doenças (CID). O pediatra Dimitri Christakis e a sanitarista Lauren Hale defendem a urgência dessa classificação, citando que mais de seis milhões de adolescentes americanos já exibem o que chamam de "consumo pesado de mídia".

A proposta inicial é definir limites de tempo para o uso de redes sociais, embora os pesquisadores reconheçam que o conteúdo consumido também deve ser considerado. A relação entre o tempo gasto nas redes e a saúde mental é complexa, envolvendo fatores como bullying e conteúdos prejudiciais.

Diretrizes e Recomendações

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já publicou diretrizes sobre o uso de dispositivos por crianças e adolescentes. Para crianças menores de dois anos, recomenda-se evitar o uso de telas, enquanto para aquelas de dois a quatro anos, o limite é de uma hora supervisionada por dia. Para adolescentes, a Academia Americana de Pediatria sugere que o uso de redes sociais seja monitorado, sem estabelecer um limite de tempo específico.

Os especialistas alertam que a compulsão por mídias sociais pode ser tanto causa quanto consequência de problemas de saúde mental. A psicopediatra Jashvini Amirthalingam ressalta que a interação nas redes sociais deve ser equilibrada com conexões reais, especialmente para jovens vulneráveis.

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