Saúde

Transplante de intestino é incorporado ao SUS após 13 anos de luta por pacientes

Transplante de intestino agora é oferecido pelo SUS, trazendo esperança a pacientes como Marília e Uéverton após anos de luta.

Foto:Reprodução

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Marília de Mello Serafim e outros pacientes com falência intestinal agora têm acesso ao transplante de intestino pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão do procedimento foi anunciada em fevereiro de 2025, após anos de luta por parte dos pacientes.

Marília, que depende de alimentação parenteral desde que retirou quase todo o intestino delgado há nove anos, é uma das beneficiadas. Estima-se que cerca de quatrocentas pessoas no Brasil recebam o diagnóstico de falência intestinal anualmente. O chefe de transplante de órgãos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/USP), Wellington Andraus, afirma que cerca de 10% desses pacientes necessitam de transplante.

O transplante de intestino é considerado a última linha de tratamento para salvar vidas. Antes da inclusão no SUS, muitos pacientes, como Uéverton Fagner, precisavam recorrer à justiça para realizar o procedimento no exterior. Uéverton fez o transplante nos Estados Unidos em 2016, mas enfrentou complicações e atualmente está em tratamento de reabilitação.

Avanços no SUS

Além do transplante de intestino, o SUS também incorporou o transplante multivisceral, que permite a implantação de outros órgãos na mesma cirurgia. Marília aguarda um transplante de fígado, já que seu órgão está comprometido após anos de nutrição parenteral.

O cirurgião especialista em transplantes, Luiz Carneiro, destaca que a inclusão desses procedimentos no SUS é uma conquista que levou treze anos de luta. O transplante é especialmente crucial para pacientes que, como Lucas Moreira, enfrentaram complicações cirúrgicas e estavam em estado crítico.

A síndrome do intestino curto, que ocorre após a remoção de grande parte do intestino delgado, é mais comum em crianças. A chefe de cirurgia pediátrica, Ana Cristina Tannuri, afirma que muitas crianças conseguem se readaptar e não necessitam de transplante, desde que recebam nutrição adequada.

Para pacientes como Marília, a esperança de realizar o transplante se torna mais próxima. A estrutura necessária para o procedimento já está em funcionamento, conforme afirmado por Luiz Carneiro.

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