Saúde

Pirarucu invade rios fora da Amazônia e ameaça ecossistemas nativos no Brasil

Pirarucu, peixe gigante da Amazônia, invade rios de cinco estados, ameaçando a fauna nativa e trazendo parasitas. A situação é alarmante.

Coletivo Pirarucu envolve comunidades tradicionais na proteção do peixe amazônico. (Foto: Coletivo Pirarucu/Facebook/Reprodução)

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O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, foi encontrado em rios de cinco estados fora de seu bioma natural, incluindo São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa expansão levanta preocupações sobre o impacto na fauna nativa e a introdução de parasitas.

Recentemente, pescadores capturaram exemplares do pirarucu em locais como o Lago de Furnas, em Minas Gerais, e nos rios Cuiabá e Paraguai, no Pantanal. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso autorizou a pesca do pirarucu em rios onde a espécie é considerada exótica. Em São Paulo, a captura do peixe atrai turistas, mas a Sema alerta que os peixes não devem ser devolvidos ao ambiente natural.

A pesquisadora Lidiane Franceschini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), destaca que a introdução do pirarucu pode ameaçar espécies locais, pois não há predadores naturais em sua nova habitat. A espécie, que pode ultrapassar três metros e pesar até duzentos quilos, é carnívora e ocupa o topo da cadeia alimentar. Franceschini afirma que a pesca não é suficiente para controlar a população do pirarucu, e recomenda um monitoramento mais rigoroso das comunidades aquáticas.

Além disso, a introdução do pirarucu trouxe parasitas que podem afetar outros peixes locais. O pesquisador Igor Paiva Ramos, também da Unesp, observa que a presença desses parasitas representa riscos tanto para a saúde pública quanto para o meio ambiente. A pesquisa sobre o pirarucu invasor é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e envolve várias instituições.

Historicamente, o pirarucu enfrentou risco de extinção devido à pesca excessiva. Atualmente, é cultivado em pisciculturas no Brasil, mas sua rápida disseminação fora do habitat natural gera preocupações sobre a biodiversidade e a sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos.

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