Saúde

Estudo revela que uso de esteroides anabolizantes triplica risco de infarto cardíaco

Estudo dinamarquês revela que esteroides anabolizantes triplicam risco de infarto e aumentam arritmias e cardiomiopatias.

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O uso de esteroides anabolizantes androgênicos está associado a um aumento significativo no risco de problemas cardiovasculares, conforme revela uma pesquisa dinamarquesa publicada no periódico Circulation. O estudo indica que o uso dessas substâncias triplica a probabilidade de infarto e eleva a incidência de arritmias e cardiomiopatias.

Os esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos semelhantes à testosterona, frequentemente utilizados para aumentar a força e a massa muscular. No Brasil, o uso dessas substâncias para fins estéticos ou de desempenho esportivo foi proibido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em abril de 2023. A pesquisa analisou dados de 1.189 homens que foram pegos em exames de doping entre 2006 e 2018, comparando-os com quase 60 mil homens da população geral.

Riscos Associados

Além do infarto, o estudo aponta um aumento no risco de tromboembolismo venoso, arritmias e insuficiência cardíaca. O risco de cardiomiopatia, por exemplo, foi nove vezes maior entre os usuários. Os pesquisadores destacam que, embora os riscos cardiovasculares sejam conhecidos, faltavam dados sobre os efeitos a longo prazo do uso de anabolizantes.

O cardiologista Eduardo Segalla, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que essas substâncias promovem um estado pró-inflamatório, aumentando o estresse oxidativo nos vasos. Isso resulta em menor elasticidade arterial e aceleração da aterosclerose coronariana, contribuindo para eventos cardiovasculares graves.

Efeitos a Longo Prazo

O uso prolongado de esteroides anabolizantes está ligado à hipertrofia do músculo cardíaco, o que pode levar a disfunções do miocárdio e, consequentemente, a cardiomiopatias hipertróficas e insuficiência cardíaca. Os autores do estudo reconhecem a limitação da falta de dados sobre a duração do uso, mas ressaltam que até pequenas doses podem causar efeitos colaterais significativos, como hepatite medicamentosa e infertilidade.

A resolução do CFM que proíbe o uso de anabolizantes no Brasil justifica a medida pelos riscos potenciais, mesmo em doses terapêuticas, e pela escassez de estudos que comprovem a segurança e eficácia dessas substâncias.

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