Saúde

Crianças são atraídas para automutilação em comunidades de ódio no Discord

Cresce a atração de jovens por automutilação em comunidades de ódio no Discord, com aumento de 172,5% nas denúncias em 2025.

Policiais Civis do Rio de Janeiro durante a operação Adolescência Segura, em abril, que desarticulou uma organização que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro)

Policiais Civis do Rio de Janeiro durante a operação Adolescência Segura, em abril, que desarticulou uma organização que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro)

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Crianças e adolescentes estão sendo atraídos para práticas de automutilação em comunidades de ódio online, especialmente no Discord. Um relatório de 2025 aponta um aumento de 172,5% nas denúncias relacionadas à plataforma, levando a operações policiais contra organizações criminosas.

Pesquisadoras Letícia Oliveira e Tatiana Azevedo revelaram que usuários oferecem dinheiro em troca de automutilação. Em um dos grupos analisados, um líder propõe pagamentos que variam de R$ 30,00 a R$ 200,00 por "lulz", termo que se refere a ações danosas. Os jovens são induzidos a escrever o nome dos servidores em partes do corpo com objetos cortantes.

A Polícia Federal (PF) identificou transações financeiras por meio de Pix e criptomoedas. O delegado federal Flávio Rolim, da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos de Ódio, alerta que a situação pode levar à produção e venda de conteúdos violentos. Em abril, a polícia do Rio de Janeiro desarticulou uma organização que promovia crimes de ódio e exploração infantil.

Operações Policiais

Além do Rio de Janeiro, São Paulo criou o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) para investigar grupos online. A PF já realizou operações para prender envolvidos em atividades criminosas. O relatório das pesquisadoras destaca a hierarquia nas comunidades, onde o criador do grupo é considerado um líder.

O Discord, em nota, reafirma sua política de "tolerância zero" para atividades ilegais e afirma que age rapidamente ao identificar conteúdos impróprios. No entanto, o delegado Rolim enfatiza que o problema vai além da plataforma, envolvendo a facilidade de acesso e o abandono de jovens no ambiente digital.

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