Saúde

Nove em cada dez brasileiros acreditam que jovens carecem de apoio emocional nas redes sociais

Cerca de 90% dos brasileiros veem a falta de apoio emocional para adolescentes nas redes sociais, pedindo psicólogos nas escolas e regulação das plataformas.

Nove em cada dez brasileiros acreditam que os jovens não têm apoio emocional e social suficiente (Foto: Daniel de la Hoz/GettyImages)

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Uma pesquisa realizada em abril de 2023 revelou que 90% dos brasileiros acreditam que adolescentes não recebem o apoio emocional necessário no ambiente digital, especialmente nas redes sociais. O levantamento, que ouviu mil pessoas com mais de dezoito anos, destaca a urgência de psicólogos nas escolas e a regulamentação das plataformas digitais.

O estudo, conduzido pelo Porto Digital em parceria com a Offerwise, identificou que 70% dos entrevistados defendem a presença de profissionais de saúde mental nas instituições de ensino. Para 57%, o bullying e a violência escolar são os principais desafios de saúde mental enfrentados pelos jovens, seguidos pela depressão e ansiedade (48%) e pressão estética (32%).

O presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, enfatizou a importância de discutir o tema, afirmando que “o cuidado com a juventude deve ser um compromisso compartilhado”. Ele destacou que a inovação tecnológica deve ser humanizada e utilizada em benefício da sociedade.

Desafios e Propostas

A pesquisa também revelou que muitos pais tentam controlar o tempo de navegação de seus filhos, mas apenas 20% pretendem usar ferramentas de monitoramento no futuro. Entre adolescentes de treze a dezessete anos, a supervisão parental tende a ser mais flexível, permitindo maior autonomia.

Julio Calil, diretor-geral da Offerwise, ressaltou a necessidade de criar espaços de acolhimento e orientação para pais e filhos. Ele afirmou que a população reconhece a importância de um esforço conjunto para garantir um ambiente digital mais seguro nas escolas.

Regulação das Plataformas

Recentemente, as principais plataformas digitais alteraram suas regras, dificultando a moderação de conteúdos. Luciano Meira, professor adjunto de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, criticou essa decisão, afirmando que ela prioriza interesses comerciais e aumenta a exposição de jovens a conteúdos prejudiciais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) está avaliando a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que limita a responsabilização de provedores por conteúdos postados por usuários. Meira alertou que a falta de regulamentação pode resultar em uma sobrecarga judicial.

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das Fake News, que visa regular as plataformas digitais. Especialistas afirmam que a regulação é essencial para manter um espaço online saudável, especialmente para crianças e adolescentes.

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