Zoológico gaúcho é fechado após morte de aves por gripe aviária

O Zoológico de Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, foi fechado por tempo indeterminado após a morte de 38 cisnes e patos devido à gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1). A decisão foi anunciada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do estado, que confirmou a relação das mortes com a doença.

A interdição do zoológico ocorreu após a confirmação de um caso isolado da gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, a 50 km do local. Embora o zoológico esteja fora do raio de 10 km estabelecido pelo Ministério da Agricultura para o estado de emergência, o governo do estado optou pela suspensão das visitas como medida preventiva. O acesso ao zoológico foi interrompido na última quarta-feira, 14 de setembro.

Marjorie Kauffmann, secretária da Sema, destacou a importância de adotar medidas rigorosas para evitar a disseminação do vírus. O zoológico garantiu que os trabalhos internos de atendimento aos animais continuam normalmente. A situação exige atenção redobrada para a segurança de funcionários e visitantes.

O estado de emergência, válido por 60 dias, inclui bloqueios de 10 km ao redor da área afetada. O Ministério da Agricultura também suspendeu as exportações de aves do Rio Grande do Sul, levando países como China e União Europeia a interromperem a importação de carne de frango brasileira. O Brasil, que é o maior exportador de carne de frango do mundo, viu um impacto significativo nas suas vendas externas.

Embora a gripe aviária não seja transmitida pelo consumo de frango, o risco de contágio é elevado apenas para aqueles que têm contato direto com aves infectadas. O Ministério da Agricultura afirma que o risco de infecções em humanos é considerado baixo, ocorrendo principalmente entre profissionais que lidam com aves.