Chocolate amargo e chá ajudam a controlar a hipertensão, revela estudo britânico

O consumo moderado de chocolate amargo e chá pode ajudar no controle da hipertensão, segundo um estudo da Universidade de Surrey, publicado na revista European Journal of Preventive Cardiology. Os pesquisadores descobriram que alimentos ricos em flavan-3-ol, como esses, apresentam efeitos cardiovasculares comparáveis a medicamentos prescritos.

A análise incluiu 145 ensaios clínicos com mais de 5 mil participantes e focou em alimentos reais, como chocolate amargo, chá verde e preto, maçãs e uvas. Os resultados mostraram que esses alimentos podem reduzir a pressão arterial em cerca de 6 pontos na pressão sistólica e 3 pontos na pressão diastólica, similar ao efeito de medicamentos convencionais.

Benefícios Adicionais

Além de ajudar na pressão arterial, esses alimentos melhoraram o funcionamento dos vasos sanguíneos. A dilatação mediada por fluxo, que mede a capacidade das artérias de se expandirem, aumentou em 2% em média. Essa melhoria pode reduzir em 10% o risco de doenças cardiovasculares.

Os ensaios variaram em duração e desenho, com participantes que iam de pessoas saudáveis a aquelas com doenças cardiovasculares. Os benefícios foram mais evidentes em indivíduos com hipertensão, refletindo o funcionamento de medicamentos para pressão arterial, que são mais eficazes em casos de leituras elevadas.

Interação de Compostos

Os pesquisadores também compararam os efeitos de compostos isolados com alimentos integrais. Os resultados indicaram que os benefícios são mais significativos quando se consomem os alimentos completos, em vez de apenas ingredientes ativos isolados. Apenas 0,4% dos participantes relataram efeitos adversos, como pequenas dores de estômago.

A Associação Americana do Coração recomenda limitar o sódio e aumentar a atividade física para controlar a pressão arterial. Incluir alimentos ricos em flavan-3-ol pode ser uma estratégia adicional valiosa, especialmente para quem tem pressão alta. O principal autor do estudo, Christian Heiss, destacou que, embora esses alimentos não substituam medicamentos, podem ser uma adição importante a um estilo de vida saudável.