Saúde

Curativo sustentável feito de resíduos de pesca promete acelerar cicatrização de feridas

Pesquisadores da UFMG e UFLA criam curativo inovador com resíduos pesqueiros, prometendo acelerar cicatrização e reduzir custos no SUS.

Foto:Reprodução

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Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFLA (Universidade Federal de Lavras) desenvolveram um curativo inovador a partir de resíduos da indústria pesqueira. O objetivo é substituir as bandagens importadas utilizadas no SUS (Sistema Único de Saúde). O novo curativo, que acelera a cicatrização e reduz a dor, está em fase de testes para validação clínica e promete um custo inferior às alternativas comerciais.

O curativo, chamado CH50BGF, possui alta capacidade de absorção de exsudatos, líquidos liberados por feridas durante o processo de cicatrização. Essa característica é especialmente útil em casos de queimaduras de terceiro grau, feridas crônicas e lesões profundas. A pesquisa, que já dura dez anos, foi orientada pela professora Marivalda M. Pereira, da UFMG.

Os testes laboratoriais mostraram que o curativo pode absorver até 160% de líquidos em 24 horas, superando diversos produtos comerciais. A combinação de quitosana, um polímero natural derivado de resíduos pesqueiros, e micropartículas de vidro bioativo, contribui para essa eficiência. A quitosana atua como antimicrobiano, enquanto o vidro bioativo estimula a formação de novos vasos sanguíneos.

Além de reduzir a dor nas trocas de curativo, o novo modelo minimiza o risco de infecções, um problema crítico em feridas abertas. A pesquisadora Talita Martins destaca que a produção local do curativo pode reduzir custos e aumentar o acesso à tecnologia no SUS. O custo inicial é estimado entre R$ 20 e R$ 30 por unidade, podendo ser ainda mais baixo em larga escala.

Os pesquisadores buscam autorização do comitê de ética para iniciar testes clínicos com humanos. A iniciativa visa não apenas substituir insumos importados, mas também garantir a independência nacional em saúde, criando uma cadeia sustentável que aproveita resíduos da indústria pesqueira.

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