19 de mai 2025

Árvores raras enfrentam risco de extinção devido a mudanças climáticas e cabras
A crise ambiental na ilha de Socotra, no Iémen, ameaça a icônica árvore do sangue de dragão. Ciclones severos e cabras invasoras devastam florestas, enquanto a guerra civil dificulta a conservação. A urgência é clara: a sobrevivência da biodiversidade e da economia local depende de ações imediatas.
Foto:Reprodução
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A ilha de Socotra, no Iémen, enfrenta uma crise ambiental que ameaça sua biodiversidade única, incluindo a icônica árvore do sangue de dragão. Aumento da frequência de ciclones severos e a presença de cabras invasoras estão devastando essas florestas, enquanto a guerra civil no país dificulta os esforços de conservação.
Sena Keybani, que cuida de um viveiro dedicado a preservar a árvore, expressa sua preocupação: “Ver as árvores morrerem é como perder um dos seus filhos”. As árvores, conhecidas por suas copas em forma de guarda-chuva e seiva vermelha, estão em risco devido a ciclones intensos e à pastagem de cabras invasoras. A ilha, que abriga mais de 825 espécies de plantas, muitas das quais são exclusivas, é considerada um patrimônio mundial da UNESCO.
Os ciclones têm se tornado mais frequentes e severos, como evidenciado por eventos devastadores em 2015 e 2018, que uprovaram milhares de árvores centenárias. A mudança climática é um fator crucial, com cientistas alertando que a intensidade das tempestades deve aumentar. Além disso, as cabras, que se alimentam das mudas, comprometem a regeneração das florestas.
Desafios da Conservação
A guerra civil no Iémen complica ainda mais os esforços de conservação. O governo, focado em questões de estabilidade, não prioriza a proteção ambiental. Sami Mubarak, guia de ecoturismo, destaca a necessidade de apoio para projetos de conservação, afirmando que os recursos locais são escassos.
As iniciativas de preservação dependem de viveiros como o de Keybani, que protegem as mudas de cabras. Contudo, as estruturas são frágeis e precisam de financiamento para se tornarem mais robustas. “Precisamos que a conservação seja uma prioridade”, diz Mubarak, enfatizando a urgência da situação.
Se as árvores do sangue de dragão desaparecerem, o impacto será devastador não apenas para o ecossistema, mas também para a economia local, que depende do turismo. Com apenas 5 mil turistas anuais, a preservação dessas árvores é vital para a sobrevivência da comunidade.
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