Governo proíbe venda de azeites Alonso e Quintas D'Oliveira por irregularidades sanitárias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, na última terça-feira (20), a comercialização, distribuição e fabricação dos azeites das marcas Alonso e Quintas D'Oliveira. A decisão foi motivada por denúncias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que apontaram a origem desconhecida dos produtos e irregularidades na rotulagem.

Os produtos não possuem licença sanitária e não estão registrados no Ministério da Saúde. A Anvisa destacou que as marcas apresentavam problemas sanitários nas instalações das empresas responsáveis. A proibição foi publicada no Diário Oficial da União e segue apreensões realizadas pelo Mapa, que já havia constatado riscos à saúde associados a esses produtos.

O médico sanitarista Gonzalo Vecina explicou que a adulteração de azeites é comum e pode ser difícil de identificar para o consumidor. Ele alertou que, embora a maioria das adulterações não represente grandes riscos à saúde, algumas misturas, como o óleo de couza, podem ser prejudiciais em grandes quantidades.

Desde o início de 2024, trinta e oito marcas de azeite foram banidas ou tiveram lotes proibidos pelo governo federal. As proibições se devem a irregularidades como a presença de outros óleos vegetais e a fabricação em locais clandestinos. O Mapa recomenda que os consumidores desconfiem de preços muito baixos e evitem a compra de azeite vendido a granel.

A Anvisa orienta que consumidores que adquiriram os produtos proibidos busquem o ressarcimento nos estabelecimentos onde compraram. Em caso de dificuldades, é possível acionar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. A fiscalização contínua é essencial para garantir a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.