Tinder lança canal de apoio para mulheres vítimas de violência no Brasil

O Tinder anunciou um novo recurso de segurança voltado para mulheres no Brasil. A partir da próxima semana, o aplicativo contará com um canal de apoio 24 horas para auxiliar vítimas de violência de gênero. A iniciativa é fruto da parceria com a ONG Justiceiras.

O novo recurso permitirá que as usuárias acessem um botão no aplicativo para se conectar com uma equipe multidisciplinar que oferecerá suporte jurídico e psicológico. A equipe da ONG intermediará o contato com canais oficiais de denúncia. Yoel Roth, vice-presidente de Segurança e Privacidade do Match Group, destacou que a linha direta proporcionará orientações claras e acolhimento às vítimas.

Além do canal de apoio, o Tinder lançará um “Guia de Segurança em Dates”, desenvolvido em colaboração com a ONG. A pesquisa interna do aplicativo revelou que apenas 27% das usuárias brasileiras conhecem os recursos de segurança disponíveis. Roth enfatizou que o Tinder possui cerca de 20 ferramentas anti-abuso, incluindo um botão de emergência e detecção de linguagem ofensiva.

Monitoramento de Golpes

O aplicativo também está atento a golpes que têm se proliferado entre os usuários brasileiros. Um exemplo é o “golpe do restaurante”, onde um usuário marca um jantar e, após escolher os pratos mais caros, desaparece, deixando a conta para a vítima. Roth alertou que esse tipo de fraude é frequentemente subnotificado devido ao constrangimento das vítimas.

Outro golpe comum envolve intimidação, onde a vítima recebe mensagens ameaçadoras de alguém que se apresenta como parceiro da pessoa com quem saiu. Roth ressaltou a importância de relatar esses incidentes tanto ao Tinder quanto à polícia para que ações possam ser tomadas.

Para combater fraudes mais sofisticadas, o Tinder se uniu a uma coalizão global chamada Tech Against Scams Coalition, que inclui empresas como Meta e Coinbase. Essa iniciativa visa compartilhar informações e desmantelar esquemas fraudulentos que vão além dos limites de cada plataforma. Roth explicou que os golpistas frequentemente tentam mover as conversas para outros aplicativos, onde a moderação é menos rigorosa.