Biólogo alerta para desmatamento em área protegida da Lagoa da Tijuca

Na manhã de terça-feira (20), o biólogo Mario Moscatelli denunciou a supressão de árvores de manguezal na Lagoa da Tijuca, na Barra da Tijuca. Ele alertou para o crime ambiental, que compromete a biodiversidade local e afeta a fauna, como as centenas de garças que nidificam na área. Moscatelli expressou sua indignação em redes sociais, afirmando: "Desmatamento de mangue. Tudo cortado. Inacreditável."

Imagens compartilhadas mostram mangues brancos e vermelhos devastados, além de um caminhão estacionado nas proximidades. O biólogo exigiu ação imediata do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Subprefeitura da Barra. Ele pede que as autoridades atuem para interromper a atividade ilegal e responsabilizar os infratores.

Importância da Lagoa da Tijuca

A Lagoa da Tijuca é um complexo lagunar vital para o equilíbrio ecológico da cidade. Essa área atua como berçário para várias espécies e contribui para a purificação da água e do ar. Recentemente, Moscatelli também denunciou o despejo de lixo nas lagoas, compartilhando um vídeo que mostrava uma embalagem de leite de 1984 encontrada na Lagoa do Camorim.

No mês passado, o biólogo havia alertado sobre a destruição de vegetação no Parque do Cantagalo, onde uma caminhonete deixou um rastro de danos. A empresa Smart Luz, responsável pela manutenção, admitiu que seus funcionários estacionaram no local e se comprometeu a compensar os danos com o plantio de novas mudas.

O GLOBO entrou em contato com Inea, Smac e a Subprefeitura da Barra e aguarda resposta sobre as ações a serem tomadas em relação às denúncias de Moscatelli.