Saúde

Biólogo analisa impacto de gene na degeneração cerebral entre diferentes etnias

Pesquisas sobre a ancestralidade brasileira podem revelar novas relações entre o gene APOE e o Alzheimer, com resultados aguardados para 2025.

Foto:Reprodução

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Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer, uma doença que causa perda de memória e declínio cognitivo. Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, fatores ambientais e genéticos, como o gene APOE, desempenham papéis cruciais. Este gene possui variantes que influenciam o risco da doença, sendo a APOE 4 a mais associada ao Alzheimer.

Pesquisas recentes do biólogo Michel Naslavsky, da USP, estão investigando como a ancestralidade miscigenada no Brasil pode afetar a ação do gene APOE. Os resultados desse estudo são esperados para o próximo ano e podem trazer novas perspectivas sobre o impacto genético da doença no contexto brasileiro.

A APOE é responsável pela produção da apolipoproteína E, que transporta lipídios no sangue. As variantes do gene, APOE 2, APOE 3 e APOE 4, têm diferenças sutis, mas significativas em sua função. A variante APOE 4 está ligada à degradação da bainha de mielina, essencial para a comunicação entre neurônios, o que pode levar ao Alzheimer. No entanto, a gravidade desse impacto pode variar entre diferentes populações.

Naslavsky destaca que a população brasileira, com cerca de 90% de miscigenação, é particularmente interessante para essa pesquisa. Ele observa que a suscetibilidade ao APOE 4 pode ser menor em indivíduos com ascendência africana, sugerindo que outros fatores genéticos podem influenciar o desenvolvimento da doença.

O pesquisador utiliza amostras de cérebros de pessoas falecidas e realiza sequenciamento genético em idosos vivos. A análise da lipidômica, que investiga como os lipídios afetam o cérebro, será parte fundamental do estudo. Os resultados prometem oferecer uma compreensão mais profunda sobre o Alzheimer no Brasil e, potencialmente, abrir caminhos para novos tratamentos.

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